É um feito inédito. O campeoanto dos Estados Unidos consegue, pela primeira vez, eleger o Bola de Ouro. Messi, argentino, 36 anos, joga no Inter Miami e recolheu a maioria dos votos dos jornalistas.
A votação para o Bola de Ouro dá novamente que falar. São várias as vozes que têm dúvidas se Messi, aos 36 anos, a jogar nos Estados Unidos depois de uma parte da época ser mal conseguida no PSG, é o justo vencedor da maioria dos votos dos jornalistas.
Entre os críticos mais conhecidos encontra-se Lothar Matthaus, que foi bastante contundente nas palavras. Considera que a “Bola de Ouro para Messi é uma farsa”. O conhecido antigo internacional alemão afirmou ainda que “Haaland fez melhor do que Messi durante todo o ano”. Em declarações à Sky Deutschland, sublinhou que Haaland terminou a última época com mais golos do que jogos na Liga dos Campeões e na Premier League e ainda venceu a Liga Inglesa, a Taça de Inglaterra e a Champions League.
O feito é ainda mais particular, já que o melhor jogador do ano no PSG foi Mbappé e não Messi. O astro francês foi ainda o melhor marcador do Campeonato do Mundo de Seleções, à frente de Messi, tendo mesmo marcado um Hattrick na final. A Argentina acabou por sair vencedora da contenda e foi mesmo a Messi que acabou por ser atribuído o prémio de melhor jogador do torneio.
Messi revelou, já depois de receber o prémio Bola de Ouro 2023, que o seu desempenho desportivo no PSG não foi bom: “A minha passagem por Paris não foi tão boa quanto eu esperava por uma série de razões. Do ponto de vista desportivo, não correu como esperava, mas continuo a pensar em todas as coisas boas que vivi, e foram muitas”.
Mas não foi só no prémio de 2023 que surgiu a polémica. Já a atribuição do prémio em 2022, também a Messi, foi merecedor de críticas. Na altura, Iker Casillas, chegou mesmo a afirmar que: “Custa-me cada vez mais acreditar nestes prémios do futebol”. Em 2022, Messi fez uma época cinzenta pelo PSG, com apenas 11 golos e 14 assistências em 34 jogos.
Como funciona a eleição do Bola de Ouro?
Desde 1956 que o prémio é organizado e entregue pela France Football, que começa por nomear uma lista de 30 jogadores elegíveis à conquista do prémio.
O júri é composto por um jornalista de cada um dos 100 países melhor classificados no ranking de seleções masculinas da FIFA. Depois, cada um destes jornalistas selecionados, elege, na sua opinião, os cinco melhores jogadores da lista definida pela France Football.
O jogador em primeiro lugar na escolha do jornalista recebe 6 pontos, o segundo recebe 4, o terceiro recebe 3, o quarto recebe 2 e o quinto recebe um ponto. O jogador que tiver mais pontos é considerado o vencedor.
Os critérios que os jornalistas devem ter em conta são, por ordem de importância:
- Performance individual do jogador;
- Troféus coletivos que cada jogador conquistou ao longo da época;
- Fair-play dos nomeados.