A ministra da Saúde, Marta Temido, apresentou esta terça-feira, dia 30 de agosto, a demissão por entender que “deixou de ter condições” para exercer o cargo, o que foi prontamente aceite pelo primeiro-ministro, António Costa.
A informação foi avançada em comunicado, emitido já esta terça-feira de madrugada, pelo Ministério da Saúde.
Esta demissão de Marta Temido acontece poucas horas depois de ter sido tornado público o caso de uma grávida que morreu, na passada terça-feira, depois de se ter deslocado à urgências do Hospital de Santa Maria e, por falta de vaga, ter sido transferida para o Francisco Xavier. Durante a viagem, sofreu uma paragem cardiorrespiratória.
Na passada quinta-feira, Marta Temido tinha afirmado que a falta de médicos no SNS se devia sobretudo a decisões tomadas nos anos 80 e que o Governo estaria a trabalhar para que, no futuro, a situação não se repetisse.
O Sindicato Independente dos Médicos considerou hoje que a demissão da ministra da Saúde era inevitável, sublinhando que já há algum tempo se assistia a uma dissociação da realidade por parte de Marta Temido relativamente aos problemas do setor.