Fernando Medina foi ouvido no Parlamento na terça-feira, dia 11 de abril, depois de o PSD o ter instado a “esclarecer cabalmente” a nomeação da mulher do ministro das Infraestruturas para o Ministério das Finanças.
Na Assembleia da República, Fernando Medina explicou que as funções de Laura Cravo são uma história “simples de contar”. O ministro das finanças salienta que este tema só é motivo de discussão pela “simples razão de que a doutora Laura Cravo é, circunstancialmente, mulher do doutor João Galamba”.
É a primeira vez que, segundo Medina, um político é “criticado” por “não por nomear alguém, mas sim por não nomear alguém”. Laura Cravo, mulher de João Galamba, “não foi nomeada pelo Governo, não foi nomeada pré-nomeada pelo Governo, não tem nenhuma nomeação à espera de nenhum cargo que dependa de nenhum membro do Governo”.
Medina explica ainda que Laura Cravo é quadro de uma Instituição da Administração Pública, encontrando-se “ao abrigo do regime de mobilidade a desempenhar funções noutro departamento da Administração Pública”.
A mulher de João Galamba é quadro na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) mas encontra-se atualmente a desempenhar funções no departamento de Gestão e Planeamento de Relações Internacionais do Ministério das Finanças.
Laura Cravo começou a desempenhar estas funções “a pedido desse mesmo departamento, na preparação da Presidência Portuguesa em 2020, devido às suas competências relativas à área dos Mercados e dos Serviços Financeiros”, explica o ministro das Finanças.
O ministro esclareceu ainda que a mulher de Galamba não foi nem vai ser diretora deste departamento, uma vez que o cargo será “provido em concurso público”.