Estes migrantes são todos jovens adultos e oriundos de países como a Guiné Bissau, Paquistão ou Senegal. Escaparam da violência e procuram um futuro melhor.
Os Missionários da Consolata, em Águas Santas, acolhem atualmente 22 migrantes escapados da violência dos seus países. São todos jovens adultos e oriundos de dez países como Camarões, Gâmbia, Gana, Guiné Bissau, Libéria, Nigéria, Paquistão, Senegal, Serra Leoa e Togo.
Recorde-se que, no final de setembro de 2020, o antigo Seminário de Águas Santas, agora Centro Missionário José Allamano, recebeu nove destes refugiados.
Trata-se de uma parceria com o Alto Comissariado para as Migrações e em articulação com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, onde os refugiados são acolhidos por um período de 18 meses, com o objetivo de integração plena. Recebem alojamento, alimentação, vestuário, educação (aulas de Português, sobretudo), apoio social e psicológico, apoio jurídico e processual, com vista à socialização e empregabilidade.
O Jornal de Notícias conta, na edição de dia 10 de maio, a história de Zayed Bin Hanif, um jovem com 19 que, em 2018, escapou de Sialkot, no Paquistão. “Deixei os meus amigos e a minha família no Paquistão e não posso sentir-me bem por isso, mas o que podia fazer por mim? A minha família no Paquistão também não era boa boa para mim”, disse o jovem paquistanês em reportagem do JN.
Depois de três anos a tentar chegar à Europa, acabou num campo de migrantes, onde foi detetado pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados. Nessa altura, foi direcionado para Portugal.
“Tenho família em Portugal e adorei vir para cá. Na Grécia não me concederam muitas facilidades. Aqui, em Portugal, estou muito melhor. Posso estudar e trabalhar”, afirma.
“Isso é bom para o meu futuro. Portugal é um país lindo. Adoro as pessoas. Têm-me muito respeito”, completa o jovem.