O papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, morreu esta segunda-feira, aos 88 anos. O pontífice argentino, eleito em 2013, ficou conhecido pelo seu estilo próximo, simples e reformista, deixando um legado marcado pela defesa dos pobres, da justiça social e de uma Igreja aberta a todos.
O Vaticano anunciou esta segunda-feira, dia 21 de abril, a morte do papa Francisco, aos 88 anos. Jorge Mario Bergoglio, natural de Buenos Aires, foi eleito Sumo Pontífice a 13 de março de 2013, tornando-se o primeiro papa do continente americano, o primeiro jesuíta e o primeiro não europeu em mais de 1.200 anos a liderar a Igreja Católica.
Francisco destacou-se desde o início do seu pontificado pela recusa de ostentações, preferindo residir na Casa Santa Marta e rompendo com vários protocolos papais. Com um estilo pastoral centrado na humildade, na proximidade ao povo e na denúncia das injustiças, assumiu-se como um papa do diálogo, da ecologia e da inclusão.
Durante 12 anos de pontificado, promoveu reformas na Cúria Romana, reforçou a transparência financeira e publicou a encíclica Laudato Si’, onde apelava à proteção do meio ambiente. Incentivou uma Igreja mais aberta, defendendo o acolhimento de pessoas LGBTQ+, a inclusão de divorciados e a valorização das periferias humanas e sociais.
Francisco visitou Portugal duas vezes. Em 2017, para as celebrações do Centenário das Aparições de Fátima, e em 2023, para presidir à Jornada Mundial da Juventude em Lisboa.
A saúde de Francisco deteriorou-se nos últimos meses. Sofrendo de problemas respiratórios desde jovem, esteve internado várias vezes e passou os seus últimos 38 dias no hospital, com complicações relacionadas com pneumonia bilateral.
Bergoglio foi ordenado sacerdote em 1969 e elevado a cardeal em 2001. Antes de ser eleito papa, era arcebispo de Buenos Aires, onde ficou conhecido pelo trabalho pastoral junto dos mais pobres. A sua eleição, tida como improvável, foi uma surpresa para muitos.