Em uma conferência de imprensa recente, Mariana Mortágua, líder do Bloco de Esquerda, condenou os crimes de guerra cometidos tanto por Israel quanto pelo Hamas, reiterando o direito histórico da Palestina à autodeterminação.
Mariana Mortágua, a líder do Bloco de Esquerda, expressou, esta quarta-feira, dia 11 de outubro, em conferência de imprensa, a sua condenação aos crimes de guerra cometidos tanto pelo Hamas como por Israel, durante uma conferência de imprensa na sede do BE, em Lisboa. A líder bloquista reiterou o direito histórico da Palestina à autodeterminação, equiparando-o ao de outras nações como a Ucrânia e Timor.
“Nós ficamos chocados com os horrores da guerra como todos ficam. Condenamos os crimes de guerra cometidos pelo Hamas e por Israel e reconhecemos historicamente o direito à autodeterminação da Palestina perante um país que ocupa, que mata e que faz uma limpeza étnica”, declarou Mortágua.
A bloquista reforçou que a escalada de violência recente, que culminou em ataques terrestres, marítimos e aéreos por parte do Hamas e retaliações por parte de Israel, tem um impacto devastador sobre os civis. Mortágua condenou a morte e o rapto de civis inocentes, destacando que tanto o Hamas quanto Israel cometeram crimes de guerra.
“A Palestina é um território ocupado e colonizado em desrespeito das leis internacionais e do acordo das Nações Unidas”, criticou, acrescentando que a ocupação israelita constitui uma violação dos acordos internacionais, com atos de limpeza étnica e genocídio em curso.
Reforçando a necessidade de respeitar o direito à autodeterminação, Mortágua sublinhou que “a Palestina e os palestinianos têm o mesmo direito à autodeterminação que tem a Ucrânia” ou Timor, uma vez que este direito “não é seletivo” e “todos os povos que são ocupados têm o direito de defender o seu território”.
“Não pode haver paz em apartheid, não pode haver paz quando um território é massacrado. A nossa preocupação é lutar pela paz e não permitir ações de retaliação que sirvam como desculpa para massacrar um território tão dizimado como Gaza ou como a Cisjordânia”, disse ainda.