“Redução no pagamento das rendas” e “Apoios imediatos” são algumas das exigências de empresários e profissionais que compõe o movimento “A Pão e Água”.
O movimento “A Pão e Água” vai manifestar-se esta sexta-feira, dia 13 de novembro, pelas 16.00h, na Avenida dos Aliados, Porto. É o segundo protesto em cinco dias.
Neste grupo estão profissionais de áreas que serão afetadas pela pandemia e pelas medidas impostas em consequência da aplicação do Estado de Emergência. Entre eles estão restaurantes, bares, discotecas, organizadores de eventos, músicos, atores, fornecedores e produtores, entre outros.
Estes profissionais têm 16 exigências para com o Governo e garantem que “o nosso pretexto só termina quando as medidas forem efetivamente aplicadas”. Questionam “como é possível um negócio, estando fechado, e sem data de abertura prevista, poder fazer uma gestão eficaz dos seus recursos e ao mesmo tempo suportar encargos” e garantem que “o duradouro silêncio do Estado é avassalador
O movimento “exige apoios financeiros (a fundo perdido) de forma a compensar os prejuízos que tem vindo a acumular“. Entre as 16 mediadas estão os “Apoios imediatos ao setor dos bares e discotecas, eventos, restauração, comércio e todos os fornecedores diretos e indiretos”, a “Reposição do horário, quer de restaurantes e bares, quer do comércio local”, a “Redução no pagamento das rendas” e o “Reforço imediato das linhas de crédito, retirando limitação de acessos às novas linhas a quem já recorreu às linhas anteriores”.
Movimento quer os 30 milhões de euros da taxa turística do Porto
Em declarações à Lusa, neste dia 12 de novembro, Pedro Maia, empresário e membro do movimento, lembrou que foram os setores da restauração, comércio e hotelaria que mais contribuíram para a receita da Taxa Turística no Porto, que cobra desde 01 de março de 2018 uma taxa de dois euros por dormida a hóspedes com mais de 13 anos que pernoitam no concelho.
“A estimativa é que são cerca de 30 milhões de euros e, portanto, vamos solicitar à Câmara do Porto que divida esse dinheiro pelos comerciantes, restauração, bares, alojamento. Lisboa já anunciou apoios, aguardamos que a Câmara do Porto faça o mesmo”, afirmou.
Sobre o apoio prometido pelo Governo, Pedro Maia lamentou que, mais uma vez estejam a ser tomadas medidas “em cima do joelho” e, antecipa, que o que vai ser anunciado “é um pouco de tudo e um pouco de nada”.
“Não há outra altura, nós nunca vamos estar tão mal como estamos agora. Não há outra. Se a Taxa Turística não tem esta finalidade que se adapte e passe a ter”, assentiu o empresário.
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