A empresa multinacional Alstom inaugurou esta quarta-feira, 14 de setembro, um novo centro de engenharia e inovação na Maia, que se vai dedicar à sinalética ferroviária com vista à exportação, disse à Lusa o seu responsável para Portugal.
“É um centro dedicado fundamentalmente à sinalização ferroviária, mas também vai dispor de armazém e logística para dar serviço aos projetos locais, e também vai ter um pequeno centro de reparações”, disse à Lusa David Torres, diretor-geral da Alstom Portugal.
De acordo com David Torres, a multinacional francesa rege-se por três pilares estratégicos: “o compromisso com o desenvolvimento de tecnologia e indústria local; o desenvolvimento e expansão do ‘know how’ [competências] e a proximidade” aos clientes e ‘stakeholders’ [partes interessadas].
“O que estes pilares estratégicos procuram é estimular outra série de coisas, e sem dúvida alguma, primeiro de tudo, a exportação”, acrescentou o responsável, enfatizando a exportação de conhecimento e a participação em projetos de cariz internacional.
Inicialmente, a Alstom que se irá situar na Cidade da Maia vai arrancar com 25 empregados, mas a ambição é de, “sem dúvida alguma, a de continuar a crescer nesta base de inovação e exportação”.
“Abrir um centro de engenharia e inovação num país é uma decisão estratégica importante e, sem dúvida alguma, é uma demonstração de crescimento futuro”, disse o diretor-geral da Alstom Portugal. Ainda assim, David Torres releva que a empresa está a “atuar com diversas entidades locais”, como o Centro de Competências Ferroviário (CCF), instalado nas oficinas da CP – Comboios de Portugal em Guifões (Matosinhos).
O Presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, saudou com entusiasmo a escolha da Alston de instalar na Maia este Centro de Engenharia e Inovação. “Ao fazê-lo vem aportar valor ao nosso vibrante e dinâmico ecossistema económico e social, para o qual contribui uma comunidade empresarial forte, muito determinada e afirmada, quer a nível nacional, como no contexto do mercado global, que desafia permanentemente a sua capacidade de empreender, investir e, principalmente, de inovar”.
A oficina inaugurada esta quarta-feira na Maia tem como objetivo o controlo dos movimentos dos comboios, através de sistemas de “hardware” e “software”. “Por exemplo, toda a rede do Metro do Porto, hoje em dia, é controlada por um sistema de sinalização Alstom. Tal como os 102 metros ligeiros que circulam pelas vias”, disse David Torres à Lusa.
Para terminar, David Torres salienta que a Alstom em Portugal pretende “desenvolver soluções de sinalização que vão servir não só para os metros, mas também para as linhas principais, que neste caso seriam as da IP [Infraestruturas de Portugal]”, ou seja, envolver toda a rede ferroviária nacional.