Javier Milei, representante do ultraliberalismo, vence as eleições presidenciais na Argentina, ultrapassando o peronista Sergio Massa. Os resultados preliminares indicam uma vitória robusta de Milei.
A eleição presidencial argentina culminou na vitória de Javier Milei sobre o ministro da Economia em exercício, Sergio Massa. Este resultado representa uma viragem significativa na política do país.
Com 86,59% dos votos contabilizados, Milei reuniu 55,95% dos votos válidos, enquanto Massa ficou pelos 44,04%. Antes mesmo da divulgação dos resultados oficiais, Massa reconheceu a sua derrota, felicitando Milei e sublinhando a importância da coexistência pacífica e do diálogo num contexto de crescente polarização.
A nível internacional, Milei registou vitórias importantes entre os argentinos residentes em Espanha e em Itália. Conseguiu 69% dos votos em Espanha e 58% em Itália. Por outro lado, Massa prevaleceu em França e Suécia, revelando divisão nas preferências dos argentinos que residem no estrangeiro.
Apesar de coincidir com um feriado nacional, a participação eleitoral manteve-se estável em comparação com o primeiro turno, com cerca de 76% dos eleitores a votar, segundo a Câmara Nacional Eleitoral (CNE) da Argentina..
Os locais de votação estiveram abertos das 8h às 18h. A legislação argentina impõe o voto obrigatório para cidadãos entre 18 e 70 anos e proíbe a divulgação de sondagens eleitorais na véspera e no dia da eleição, aumentando a incerteza quanto aos resultados até ao último momento.
A ascensão de Javier Milei ao poder assinala um momento crucial para a Argentina, apontando para uma potencial alteração na orientação política e económica do país. Com esta nova liderança, a Argentina entra numa nova era, com o mundo a observar atentamente os próximos passos de Milei na condução do futuro do país.