Foi em janeiro passado que foi publicado no portal Base o contrato de ajuste direto celebrado em finais de 2015 entre o Município da Maia e a conhecida historiadora Raquel Varela, com vista à elaboração de um estudo e posterior publicação da “História Social da Maia 1960-2010”. O prazo de execução para este contrato de serviços de investigação social é de cerca de dezoito meses.
Raquel Varela é investigadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa. Foi coordenadora de “Quem paga o Estado Social em Portugal”, autora de “História da Política do PCP na Revolução dos Cravos”, coordenadora de “Revolução ou Transição? História e Memória da Revolução dos Cravos”, co-coordenadora de “Greves e Conflitos Sociais no Portugal Contemporâneo” e co-coordenadora de “O Fim das Ditaduras Ibéricas (1974-1978)”. A 31 de julho de 2015 Raquel Varela marcou presença na Biblioteca Municipal da Maia para a apresentação do seu livro “Para onde vai Portugal” em conjunto com Mário Nuno Neves, Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia.
A historiadora tornou-se uma cara conhecida dos portugueses quando, a 20 de maio de 2013, no programa “Prós & Contras”, confrontou um jovem de 16 anos anos que acabara de lançar a sua própria marca de roupa, sobre as condições em que eram feitas as camisolas que produzia e questionando-o sobre as condições salariais dos funcionários. A resposta do jovem empreendedor tornou-se viral nas redes sociais. Raquel Varela ganhou ainda destaque pela forma polémica do seu comentário político, tendo protagonizado algumas declarações controversas que suscitaram discussão nas redes sociais, em blogues e em diversos espaços de comentário.
Em 2013 defendia o não pagamento da dívida pública e a nacionalização dos bancos, criticando um sistema que estava a “roubar” os contribuintes e os trabalhadores. Foi umas das comentadoras do programa da RTP “Barca do Inferno”, moderado pelo humorista Nilton, juntamente com Marta Gautier, Sofia Vala Rocha, Isabel Moreira e Manuela Moura Guedes. A 25 de maio passado, o Diário de Notícias reportava como ideia de Raquel Varela a criação de um blogue escrito pelas esposas dos estivadores do porto de Lisboa depois de a própria ter ido a um plenário e “incentivado” que elas “se juntassem à luta como mulheres, como mães, como donas de casa como a Raquel também é.”