Com cada vez mais brasileiros em Portugal, é interessante aprender sobre o dia da independência do Brasil, que se celebra todos os anos no dia 7 de setembro. Um dos feriados mais importantes da história do país lusófono, o dia da independência assinala o momento em que o príncipe D. Pedro de Alcântara fez do Brasil um reino independente após mais de 300 anos de domínio colonial português.
Como e onde se celebra o dia da independência?
O dia da independência é celebrado um pouco por todo o mundo, com destaque para países com grandes comunidades de brasileiros como Portugal ou os Estados Unidos. No Brasil, o dia da independência é naturalmente comemorado com um vigor especial, assinalado com paradas militares que ocorrem em todas as capitais estaduais.
Os eventos de comemoração do dia da independência contam com a presença de grandes figuras estaduais (incluindo o Presidente da República). São transmitidos para dentro e fora do país por estações de televisão como a Globo. Em Brasília, é tradição dar-se uma “revista às tropas” na Esplanada dos Ministérios, uma avenida de 16 quilómetros no centro da capital do Brasil.
Existem outras tradições associadas a este evento, ainda que de caráter não oficial. Dentro e fora do Brasil, é comum a organização de grandes espetáculos ao vivo com artistas brasileiros. Além disso, muitos brasileiros aproveitam o dia da independência para tentarem a sua sorte na lotaria. Entre as mais populares encontra-se, por exemplo, a lotofacil da Independencia.
A história do dia da independência
A história da independência brasileira começa com a invasão de Napoleão Bonaparte a Portugal. Foi após a invasão francesa de 1808 que a família real portuguesa transferiu a corte de Lisboa para o Rio de Janeiro, centralizando o poder do império português no reino do Brasil. D. João VI viveu no Brasil até ao ano de 1820, altura em que foi forçado a regressar a Portugal após a instalação de uma crise política. Para trás ficou o príncipe herdeiro D. Pedro de Alcântara, o futuro primeiro Imperador do Brasil.
Cerca de um ano após o regresso do rei a Portugal, algumas regiões do Brasil tornaram-se independentes. A primeira foi a de Pernambuco, em 1821. A grande rutura entre a corte portuguesa e o poder brasileiro, contudo, deu-se dois meses depois. Num dia que ficou para sempre lembrado como o Dia do Fico, D. Pedro de Alcântara desobedeceu a um decreto real que ordenava o seu regresso a Portugal e optou por continuar no Brasil.
A rebeldia de Dom Pedro
Estavam assim instauradas as condições necessárias para a independência do Brasil. No verão de 1822, D. Pedro de Alcântara convocou a primeira Assembleia Constituinte brasileira da história e declarou que todas as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil seriam tratadas como inimigas. A situação enfureceu a corte portuguesa, que enviou um ultimato ao Rio de Janeiro. Na altura, D. Pedro de Alcântara encontrava-se fora da então capital.
Após conselho da sua mulher, a princesa Maria Leopoldina, e por meio da mesma, D. Pedro de Alcântara reagiu ao ultimato português, declarando de uma vez por todas a independência do Brasil. O evento deu-se a 7 de setembro e continua a ser comemorado presentemente por todos os cidadãos brasileiros.