O término de mais um ano – acompanhado do espírito de solidariedade, paz e família que a quadra natalícia proporciona – remete-nos sempre para momentos de reflexão e balanços.
Enquanto cidadão, fazendo uma análise retrospetiva aos últimos tempos há 5 temas que não me libertam o pensamento: os fogos de Pedrógão, os incêndios de outubro, o roubo das armas de Tancos, o desabamento da estrada em Borba e agora, mais recentemente, a queda do helicóptero do INEM em Valongo.
E o que têm eles em comum?
A falência do serviço público!
Em todos estes casos (desde os fogos de Pedrógão à queda do helicóptero do INEM) o Estado mostrou-se deficiente no planeamento, insuficiente na ação e incapaz de garantir a segurança das pessoas.
Mas dizer que o Estado falhou pode parecer redutor.
Aliás, dizer que o Estado falhou parece-me muitas vezes o caminho escolhido por aqueles que procuram imiscuir-se das responsabilidades que têm (imaginem o que seria falhar no trabalho e atribuir as responsabilidades ao Estado!).
A verdade é que, nestes casos, quem efetivamente falhou foi o Governo.
Sim, o órgão superior da Administração Pública (a chamada “máquina do Estado”) e responsável pela condução da política geral do país.
Sim, um dos quatro órgãos de soberania da República Portuguesa.
Sim, o órgão de soberania que responde perante o Presidente da República e a Assembleia da República.
No entanto, a verdade é que este Governo Socialista não falhou sozinho. Importa não esquecer que este Governo continua em funções com o apoio parlamentar de uma “esquerda caviar”, movida por interesses particulares e apenas preocupada com a gestão do seu eleitorado.
Ora, a Esquerda ao apoiar um Governo que falha quando as pessoas mais precisam (não só nestes casos mas veja-se também o estado do SNS, as promessas feitas ao professores e não cumpridas e, recentemente, o litígio com a Liga dos Bombeiros) é também responsável pela falência do Estado.
Não sou dono da razão.
Sou dono da minha opinião – livre e esclarecida – e escrevo-vos com um único propósito: despertar em vós também o poder da reflexão.
Boas festas!
Bruno Bessa
Advogado Estagiário
Presidente da JSD