José Luís Oliveira é uma cara bem conhecida da maioria dos maiatos. Pode não lhe associar este nome mas a verdade é que hoje falamos do comerciante de fruta e legumes que está quase todos os dias nas Guardeiras. Para o senhor Luís, a pandemia representou uma afluência maior aos seus produtos. O NOTÍCIAS MAIA foi conhecer a sua história.
José Luís Oliveira tem 56 anos e vive em Paredes. Trabalhou desde os 11 anos como entalhador, na arte de cortar e moldar a madeira, mas a vida forçou-o a largar esse ofício e a dedicar-se a outra área. Foi assim que, aos 47 anos se virou para o negócio da venda ambulante. Fá-lo há 4 anos por conta própria mas admite que a dificuldade é muita e já pensou em desistir.
Os invernos rigorosos são o que mais lhe tira o sono. São alguns meses do ano em que, pelo mau tempo, ou nem consegue montar a sua banca ou a afluência de clientes é pouquíssima. Também a carga fiscal para poder trabalhar legalmente e o combustível necessário para fazer mais de 60 quilómetros por dia pesaram na decisão de quase desistir de ali estar.
É aqui que entra a Pandemia. Normalmente o mês de março é aquele que representa uma subida gradual de clientes. Até outubro é quando se vende mais e também quando a fruta começa a ser mais variada. Mas este ano, e no meio desta situação atípica, o Senhor Luís viu a pandemia trazer-lhe mais clientes. A lotação dos hipermercados e a facilidade em parar o carro junto da sua carrinha cheia de fruta e legumes, foram fatores que pesaram nesta equação.
Compra quase diariamente para que os alimentos estejam sempre frescos. Conta-nos que os clientes o procuram pela qualidade e que prefere comprar mais vezes para que também não haja desperdício.
Ao passar pela antiga EN 13, nas Guardeiras, de terça a domingo, terá o Senhor Luís com a sua banca montada na beira da estrada. Nestes dias os carros têm parado e as pessoas dispõe-se em fila com uma larga distância para que ninguém esteja em risco. Costuma parar por lá para comprar fruta e legumes frescos? Se sim, poderá tratar agora o “senhor da fruta” por senhor Luís.