Todos sabemos que recentemente a Maia foi congratulada com a distinção de Capital Europeia do Desporto de 2014.
Apesar de orgulhosamente ostentar esse título, reinava no íntimo de todos os maiatos uma espécie de desconfiança quanto às possibilidades de o nosso município ser capaz de corresponder às expectativas criadas por um evento de tamanha importância.
Desconfiança essa, aliás, justificada por múltiplos insucessos que reinam por terras lusitanas. Quem não se lembra dos problemas da expo? Quem não se lembra das capitais Europeias da Cultura?
O primeiro desafio, parece-me ter sido superado logo na cerimónia de abertura: fazer mais com menos não defraudando expectativas. Com o rigor económico e financeiro que o município tem conhecido desde longa data, a Maia arregaçou as mangas e pôs os Maiatos a colaborar em tamanha responsabilidade organizativa. Organizou-se uma festa de abertura com pompa e circunstância, na qual também participaram as mais altas figuras do estado Português.
Como já referi, condicionada pelo rigor orçamental, privilegiou-se um evento do qual fizessem parte todas as gentes da Maia que nele quisessem participar. Deste modo, foi impressionante a resposta dos clubes desportivos, das colectividades, dos grupos culturais, das forças de segurança e policiais, dos funcionários camarários, enfim de todos os maiatos que proporcionaram uma cerimónia onde se exaltou a cultura da maia, os seus valores e onde a Maia Capital Europeia do Desporto, se deu a conhecer ao Mundo, fruto de uma cerimónia que teve direito a amplo destaque na imprensa (inclusivamente alguma internacional), pela sua simplicidade, mas igualmente pela sua beleza e profissionalismo.
Ao contrário de outros eventos de nomeada que desde (felizmente) 1998 têm sido realizados por terras Lusitanas com desvios de gastos grosseiros, com problemas com alguns cidadãos, com outros múltiplos problemas até do foro judicial… a verdade é que até nisso a Maia foi exemplar, não sendo conhecidos até ao momento quaisquer problemas quer nesse domínio, quer de qualquer outro domínio no nosso concelho.
Não me compete a mim avaliar se a organização de um evento desta natureza é fácil ou difícil. Compete-me, isso sim, comparar e julgar pelo que vejo, e a verdade é que, mais uma vez, a Maia continua à frente do se tempo. À frente no rigor, à frente na humildade, à frente na visão, à frente na capacidade de mobilização de pessoas e de recursos, à frente no cumprimento dos seus objectivos.
Todos estamos de parabéns, desde o executivo, à comissão organizadora, mas sobretudo aos Maiatos, que souberam dizer “presente”, apoiar esta iniciativa e mais uma vez contribuir para um sucesso que só os valoriza, e adiciona valor acrescentado ao Município.
Da minha parte partilho o orgulho de ser maiato, o orgulho de poder ter uma palavra activa de cidadãos competentes, instruídos, e sobretudo civilizados… e orgulho que partilho em dizer sistematicamente “Sorria está na Maia”!
É bem verdade… um bem haja a todos com um orgulho que é genuíno… é Maiato !!
Ricardo Filipe Oliveira
Médico
Mestre Eng. Biomédica (FEUP)
Lic. Neurofisiologia (UP)
Não escreve ao abrigo do novo acordo ortográfico.