O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) voltou a apresentar um projeto de lei que pede a proibição das corridas de galgos em Portugal, que tinha sido chumbado em 2019, assim como uma proposta semelhante do Bloco de Esquerda.
Segundo o PAN, e de acordo com o Novo Semanário, o vazio legal existente tem sido usado como argumento para que as autoridades não intervenham neste tipo de competições, que causam repúdio crescente na sociedade civil e prejudicam o bem-estar animal.
A líder do PAN, Inês de Sousa Real, afirma que o abandono dos animais é comum e que os treinos são violentos, além de que muitos cães são dopados com substâncias como efedrina, arsênico, estricnina e cocaína para melhorar seu desempenho. Segundo a mesma, as corridas de galgos são frequentemente associadas a doenças renais, hepáticas, cardíacas, dermatológicas, odontológicas e psicológicas, e muitos cães se aposentam após apenas dois anos de corridas devido ao desgaste excessivo.
O projeto proposto pelo PAN prevê pena de prisão até dois anos ou multa para quem promover esses eventos e pena de prisão de um ano ou multa para quem participar deles. Em 2019, os projetos do PAN e do BE para proibir as corridas de galgos no país foram rejeitados pelos votos contra do PS, do PSD e do CDS-PP.