O ano passado, foram contabilizadas quase 690 milhões de pessoas subnutridas (8,9% da população mundial).
Cerca de 132 milhões de pessoas podem juntar-se este ano aos quase 690 milhões que passaram fome em 2019, um aumento motivado pela covid-19, anunciou na passada sexta-feira, dia 16, a ONU, ao assinalar o Dia Mundial da Alimentação.
A situação levou as Nações Unidas a lançarem um apelo, sob o lema “Cultivar, nutrir, preservar. Juntos. As nossas ações são o nosso futuro”, para pedir solidariedade e cooperação face à ameaça que a pandemia representa para a segurança alimentar.
De acordo com as Nações Unidas, o coronavírus pode empurrar, este ano, mais 83 a 132 milhões de pessoas (consoante o cenário económico) para situações de fome.
Em 2019, após uma revisão em baixa dos números da China, foram contabilizadas quase 690 milhões de pessoas subnutridas (8,9% da população mundial), mais 10 milhões do que em 2018.
Ásia é o continente mais afetado
A Ásia registou o maior número de pessoas com fome (381 milhões), seguida da África (250 milhões) e da América Latina e Caraíbas (48 milhões).
O Programa Alimentar Mundial (PAM), que recebeu este mês o Prémio Nobel da Paz, não hesita em culpar a violência pelas maiores crises alimentares. Facto é que o número de pessoas que passam fome em todo o mundo tem vindo a aumentar continuamente desde 2014.
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