O Parlamento Europeu aprovou, na tarde do dia 1 de março, a proposta que pede à União Europeia para considerar a Ucrânia com o status de candidato para se tornar num estado-membro. A votação contou com 637 votos a favor, 13 votos contra e ainda 26 abstenções.
Durante esta reunião, vários presidentes de países da Europa Oriental assinaram uma carta à União Europeia (UE) com o objetivo de clarificar que “a Ucrânia merece a perspetiva de adesão” e solicitaram aos membros que têm o poder de decisão que concedessem ao país o status de candidato, pedindo para que tal pedido estivesse “em linha com o artigo 49 do tratado sobre a União Europeia e sobre a questão do mérito”.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pouco antes da votação parlamentar ser realizada, chegou a fazer um discurso por videoconferência, em tom de apelo, para que o Parlamento Europeu aprovasse este pedido, tornando assim a Ucrânia no 28º país a pertencer à União Europeia, depois de a Croácia, em 2014.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que “eles são um de nós e nós queremos que eles entrem na UE”, apoiando assim a entrada da Ucrânia na UE. As regras europeias ditam que qualquer país da Europa que não viole e que respeite os valores europeus do Tratado da União Europeia (assinado em 1992) e esteja empenhado em promovê-los pode pedir para se tornar membro.
Apesar deste apelo por parte do Presidente Zelensky ser especial, uma vez que a Ucrânia está sob ataque da Rússia, a UE não deixou claro se alguma etapa do procedimento de adesão será ultrapassada por forma a acelerar o pedido. De acordo com a legislação, será necessário que os parlamentos nacionais dos países membros também aceitem o pedido ucraniano, para que o processo possa passar para as próximas etapas do procedimento de adesão ao bloco.