O cabeça de lista da coligação PSD/CDS às europeias considerou ontem que a lista socialista “reconcilia o PS” com o “despesismo e tradição de gastador”, tendo rostos “importantíssimos” das políticas de Sócrates e Guterres que “trouxeram o país à bancarrota”.
Pedro Silva Pereira, antigo ministro de José Sócrates, é o sétimo na lista do PS às eleições europeias, que tem Carlos Zorrinho como número três e mantém em lugares elegíveis as atuais eurodeputadas Elisa Ferreira e Ana Gomes, nomes que compõem a relação apresentada na passada terça-feira à Comissão Política Nacional do PS.
No fórum da Maia, à margem da conferência organizada pelo PSD Maia, intitulada “Portugal e a Europa”, Paulo Rangel disse aos jornalistas que esta lista do PS “não augura nada de bom” e reconcilia o partido de Seguro “com a sua tradição de gastador” e “com o despesismo”.
“Esta lista é composta por pessoas que foram rostos importantíssimos das políticas de José Sócrates e de António Guterres, das políticas do despesismo, que trouxeram o país à bancarrota”, criticou.
Na opinião do eurodeputado e cabeça de lista pela coligação PSD/CDS às eleições europeias, “o PS dá todos os dias sinais errados”.
“Um dia diz uma coisa, outro dia faz outra. O PS diz que até queria um comportamento responsável e às tantas não poderia repor os salários e as pensões e, portanto, mostrava alguma responsabilidade orçamental e no dia seguinte apresenta uma lista em que estão os principais responsáveis do descalabro das finanças públicas do país”, enfatizou.
Paulo Rangel endureceu o discurso em relação ao secretário-geral do PS e diz que “António José Seguro mostra que está na tradição de colocar as finanças públicas em crise e depois de trazer estas facturas aos portugueses”, como foi a dos últimos três anos.
Recordando que Francisco Assis, o cabeça de lista do PS, foi líder parlamentar de António Guterres e de José Sócrates, o eurodeputado acusou o PS de ter para o país “um projecto de mais gastos, de maior despesa e de voltar atrás, deitar fora todos os sacrifícios que os portugueses fizeram”.
“Isto pelo menos clarifica as coisas. Quem está de lado da responsabilidade é a coligação Aliança Portugal, composta pelo PSD e pelo CDS; quem está do lado do despesismo e de conduzir o país à bancarrota é naturalmente o PS. Esta lista é uma vantagem para os portugueses porque é clarificadora”, concluiu.
Fonte: portocanal.sapo.pt