Na celebração dos 75 anos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), o PCP emite comunicado criticando a sua ação internacional e pedindo a sua dissolução.
No marco dos 75 anos desde a fundação da NATO, o PCP lançou um comunicado nesta segunda-feira, dia 8 de abril de 2024, onde afirma que a aliança militar “não procura nem defende a paz”, atuando contrariamente aos esforços de negociação para a resolução de conflitos, como evidenciado, afirmam os comunistas, atualmente na Ucrânia.
Segundo o partido, a NATO funciona primariamente como “braço armado dos interesses dos Estados Unidos da América” e de outras potências imperialistas, adotando um papel ofensivo no cenário global.
O comunicado do gabinete de imprensa do PCP sublinha que a aliança tem alimentado e participado em guerras de agressão que violam direitos humanos básicos e o direito internacional, citando exemplos como as intervenções na Jugoslávia, Afeganistão, Iraque, Líbia e Síria. Ainda acusa a NATO, juntamente com os Estados Unidos e a União Europeia, de cumplicidade no conflito Israel-Palestina, marcando uma posição firme contra o que descreve como “uma atroz hipocrisia” perante as violações dos direitos humanos.
O PCP expressa oposição à política externa de alinhamento de Portugal com a NATO, criticando a submissão do país aos interesses das grandes potências e à militarização da União Europeia. Defende a dissolução da NATO como crucial para a soberania nacional e para a paz mundial, argumentando que a presença de Portugal na Aliança condiciona a sua soberania e independência.
Relembrando a fundação da NATO em 1949, o partido destaca que esta visava confrontar a União Soviética e os países socialistas, mencionando o apoio da aliança à ditadura fascista portuguesa como membro fundador. Sublinha também a pressão exercida pela NATO durante a Revolução de 25 de Abril, tentando influenciar o processo democrático em Portugal.
Com este comunicado, o PCP posiciona-se claramente contra a continuação da NATO, apelando à desvinculação de Portugal das suas estruturas, em defesa da paz e da soberania nacional.