O FC Pedras Rubras lançou um comunicado na terça-feira, dia 11 de abril, reagindo aos “graves incidentes” causados no encontro entre o clube maiato e o Salgueiros, que se realizou no sábado, dia 8 de abril, no Campo do Cerco do Porto, em Campanhã.
O clube maiato, no comunicado, salienta que é um clube com 4 estrelas na certificação F.P.F. pelo terceiro ano consecutivo, e conta com a bandeira de ética há duas épocas. Nas suas equipas técnicas, conta com uma “vasta equipa de treinadores, que formam jovens diariamente tanto na vertente desportiva, como na pessoal e social”, repudiando qualquer ato ocorrido no decorrer da partida com o Salgueiros.
Assim, o clube de Pedras Rubras pretende “repor a verdade dos factos”, fazendo-o da seguinte forma:
- 1- O Sport Comércio e Salgueiros (SCS), não preparou conveniente a organização do jogo que se realizou no pretérito dia 8 de abril, entre o S.C.S e o Futebol Clube de Pedras Rubras (FCPR) no escalão de juniores, ao não fazer a separação de adeptos, num jogo potencialmente de alto risco de segurança, devido às classificações;
- 2- Verificou-se igualmente vários elementos não identificados na zona técnica, mais propriamente numa estrutura metálica elevatória que se encontra quase por cima dos bancos de suplentes que não constavam da ficha de jogo. Estes elementos não identificados vieram a ter participação ativa nos acontecimentos que nos propomos a descrever;
- 3- Ao minuto 31, quando já vencíamos por 1-0, ocorreu uma disputa de bola em que jogador número 10 do SCS encostou a cabeça ao nosso atleta Diogo Pombo e tentou dar-lhe uma cabeçada;
- 4- Ato contínuo, o nosso atleta Hélder Moreira, número 7, no meio de um aglomerado de jogadores, viu disferido pelo número 10 do SCS uma estalada na face;
- 5- Simultaneamente o número 77 do SCS, por trás, empurrou violentamente o nosso número 7 e caiu, e quando se estava a levantar levou um pontapé muito violento na zona torácica, ficando prostrado com dificuldades respiratórias;
- 6- O pai do atleta número 7 do FCPR, que se encontrava na bancada, temendo pela vida do filho, saltou a vedação e entrou no recinto desportivo em auxílio do seu filho que acabava de ser violentamente agredido;
- 7- Simultaneamente, o guarda redes do SCS perseguiu o pai do atleta, que, entretanto, já se retirara do relvado em direção à bancada, tendo-se envolvido em confronto físico em zona reservada aos adeptos. Esse pai veio a ser identificado pela PSP e não detido como erradamente foi proferido no comunicado SCS;
- 8- A equipa de arbitragem perante toda esta situação, e a contrário do que foi referido no comunicado do departamento de formação do SCS, expulsou os números 1 e 77 do SCS, bem como o nosso atleta número 7;
- 9- O nosso treinador, Jorge Gonçalves, só se preocupou com o bem-estar e segurança do atleta número 7 que tinha acabado de ser agredido violentamente, acompanhando-o ao acesso do balneário, ao contrário dos atletas do SCS sem acompanhamento;
- 10- Nesse momento, junto ao acesso, novamente o número 77 do SCS, vem em direção ao nosso número 7, numa atitude provocatória e envolvem-se novamente em confronto, sendo rapidamente separados pelo nosso treinador, e por alguns elementos não identificados na ficha técnica.
- 11- O treinador Jorge Gonçalves do FCPR, foi empurrado por dois elementos não identificados, gerando uma tensão provocatória desnecessária, que foi prontamente sanada pela atitude de elevação do nosso treinador, que se afastou de imediato destes indivíduos, e dirigiu aquilo que era o seu propósito maior, a segurança e bem-estar do nosso jogador, só regressando ao jogo, depois da mãe e um treinador adjunto estar com ele, e tudo parecia aparentemente tranquilo e resolvido;
- 12- Tendo o jogo reatado e segundo o atleta, entraram 3 elementos no balneário do FCPR e agridem o jogador, que se limitou a defender.
- 13- De seguida o atleta foi para o Hospital com a mãe permanecendo algumas horas sob observação médica. Ainda hoje se encontra com algumas dificuldades respiratórias;
Para terminar, o comunicado do Pedras Rubras repudia todas as situações menos infelizes que decorreram na partida, salientando que estes acontecimentos foram criados pelo Salgueiros “que não soube acautelar desde início as questões de segurança e comportamentos dos diversos agentes desportivos”.
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