A mulher foi condenada a três anos e meio de prisão, em pena suspensa, e ao pagamento de 2 mil euros de indemnização a cada uma das sete crianças.
Segundo o Ministério Público, as crianças eram agredidas, insultadas, alvo de tratamentos humilhantes e não tinham cuidados de saúde. A pena de três anos e meio de prisão, suspensa, foi decretada, esta quarta-feira, pelo Tribunal de Matosinhos.
A mulher, de 46 anos, ex-diretora técnica e assistente social de um centro de acolhimento na Maia foi acusada de maus-tratos a outras crianças mas apenas sete foram comprovados.
As agressões em causa aconteceram entre 2007 e 2015 e as crianças, com idades compreendidas entre meses de vida e os 10 anos, tinham sido retiradas às famílias e estavam à guarda da instituição onde trabalhava a mulher. Tratava-se de um centro de acolhimento temporário de “A Causa da Criança – Associação de Proteção à Infância e Juventude”.
Ainda segundo a acusação do Ministério Público, a técnica em causa submetia as crianças a um “tratamento desrespeitoso, atingindo a sua saúde física e mental, personalidade, autoestima e dignidade e expondo-as a um ambiente de terror psicológico, violência e agressividade”.
A defesa disse à agência Lusa que está a ponderar se vai recorrer da decisão.