A Maia será a casa da nova Academia FC Porto, fruto de uma colaboração estratégica entre o clube e a autarquia local. O arranque das obras está programado para o início de 2024, e o objetivo primordial do projeto é desenvolver atletas e homens conforme a filosofia de formação do FC Porto, de acordo com o clube.
Dentro das infraestruturas, destaca-se um estádio preparado para receber jogos da II Liga, oferecendo cerca de 2.500 assentos cobertos, áreas de estacionamento, zonas destinadas à imprensa e balneários. Este espaço receberá os principais confrontos das categorias de base do clube.
Além do estádio, o complexo desportivo contará com nove campos de futebol de dimensões oficiais, quatro deles com bancadas para 400 espectadores, bem como um campo específico para futebol de 7, segundo o anunciado já na madrugada desta sexta-feira, dia 29 de setembro. Todos os campos estão equipados com iluminação e áreas de apoio.
A infraestrutura prevê ainda dois espaços principais: a Casa do Dragão, que funcionará como residência para os atletas, e uma área técnica desportiva. A Casa do Dragão oferecerá 70 quartos duplos, espaços de estudo e lazer, e uma zona de refeições com capacidade para 500 pessoas por dia.
A área técnica desportiva englobará, entre outros, balneários, um auditório, salas de reunião, áreas médicas e um ginásio com cerca de 1000 m2. Todo o complexo será suportado por uma área logística que garantirá o seu bom funcionamento.
O projeto, apresetnado por Pinto da Costa, é da autoria do arquiteto Manuel Salgado, do escritório de arquitetura Risco, responsável também pelo Estádio do Dragão e pela Dragão Arena. O empreendimento abrangerá cerca de 20 hectares, inseridos no Parque Metropolitano da Maia, um vasto espaço verde de aproximadamente 300 hectares.
Parque Metropolitano da Maia
O projeto faz parte do Programa Estratégico do Parque Metropolitano da Maia, um extenso espaço com mais de 376 hectares situado nas freguesias de Nogueira e Silva Escura e São Pedro Fins, que foi anteriormente apresentado pela Câmara Municipal da Maia. Destes hectares, 70 são propriedade do município da Maia. António Silva Tiago, líder da maioria PSD/CDS da Câmara da Maia, descreve o programa como um marco estratégico que promove a sustentabilidade global em áreas sociais, económicas e ambientais.
Entre as valências planeadas para o Parque Metropolitano da Maia, destaca-se um Laboratório Agro-Florestal, um “campus” tecnológico e de investigação aplicada, uma zona urbana multifuncional que incluirá uma residência sénior e intergeracional, e zonas desportivas dedicadas à formação, estas últimas previstas para se localizarem entre a Zona Empresarial Responsável e a A3.