A Polícia Judiciária deteve nove pessoas e realizou 12 buscas domiciliárias, incluindo no concelho da Maia, no âmbito de uma operação que desmantelou uma organização criminosa internacional dedicada ao branqueamento de capitais, burla e falsificação.
A Polícia Judiciária (PJ), através da Diretoria do Norte, realizou na quarta-feira, dia 23 de abril, uma operação de grande escala que resultou na detenção de nove indivíduos suspeitos de integrarem uma organização criminosa transnacional. A operação incluiu 12 buscas domiciliárias, uma das quais realizada no concelho da Maia, tendo visado desmantelar um esquema de crimes relacionados com associação criminosa, branqueamento de capitais, burla qualificada e falsificação de documentos.
De acordo com um comunicado da PJ, a rede utilizava o sistema bancário português para branquear dinheiro proveniente de várias atividades ilícitas. A estratégia passava pela criação de múltiplas sociedades fictícias, geridas por indivíduos com identidades falsas, e pela abertura de contas bancárias igualmente fraudulentas, por onde circulavam os fundos a legalizar.
Segundo a investigação, os elementos da rede ofereciam um serviço completo que permitia integrar os lucros de crimes anteriores na economia legal, sem levantar suspeitas.
As diligências policiais decorreram nos concelhos do Porto, Maia, Vila Nova de Gaia, Guimarães, Vila Nova de Famalicão, Fafe, Cacém e Amadora. No total, participaram cerca de 70 inspetores da Polícia Judiciária, com as buscas a serem acompanhadas por um juiz de instrução criminal e uma procuradora do Ministério Público.
Durante a operação, foi apreendida documentação relacionada com a prática dos crimes, material informático, bem como cartões bancários e de telecomunicações.
Os detidos, com idades entre os 19 e os 45 anos, serão presentes ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto para primeiro interrogatório e eventual aplicação de medidas de coação. Alguns dos suspeitos encontravam-se em Portugal apenas para praticar os crimes, enquanto outros já residiam no país.
O inquérito é dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).