Era uma sinalética que existia há 47 anos, mas que demorou meros segundos a ser retirada. A placa que assinalava o Grupo Parlamentar do CDS-PP, foi retirada das paredes da Assembleia da República, esta quinta-feira, dia 10 de fevereiro, depois do partido não ter logrado eleger qualquer deputado nas eleições legislativas de 2022.
Ainda não eram 10h30, quando um funcionário da Assembleia da República, munido de uma chave de fendas e de um saco branco na mão, retirou, rapidamente, a placa do partido, agora sem representação parlamentar.
“Grupo Parlamentar do Partido Popular (CDS/PP) — Presidente”, podia ler-se. Nuno Melo reagiu, lamentando: “Um momento muito triste de se ver”.
A sala que pertenceu ao CDS-PP durante mais de 20 anos, vai agora ser ao partido Chega, a nova terceira política nacional.
Bloco de Esquerda também entregou a sala… à Iniciativa Liberal
Mas o CDS-PP não foi o único partido a entregar a sala onde ficavam os parlamentares. Apesar de não extinto na AR, o BE sofreu uma muito considerável redução do número de deputados e, também durante esta quinta-feira, viu o mesmo funcionário, presume-se com a mesma chave de fendas, e com o mesmo saco branco, arrancar a placa da parede.
Os bloquistas vão ser acomodados numa sala mais reduzida, mais adequada à sua representação, segundo o escrutínio de 2022, que resulta numa menor ocupação de metros quadrados na AR. A sala que usaram na última legislatura será assim entregue à Iniciativa Liberal, que experimentou um crescimento de um para oito deputados.
PAN e PEV entregam os gabinete ao PS
Também o PAN e o PEV sofrerem efeitos de diminuição na ocupação do metro quadrado na AR e deixam os gabinetes para o PS ocupar, que cresceu para uma maioria absoluta.