O transporte de poeiras do deserto do Sáara, que está a acontecer devido a um fluxo induzido pela depressão Célia, deverá deixar de persistir no fim da quinta-feira, dia 17 de março. Estas poeiras em suspensão são oriundas do norte de África e geralmente encontram-se acima da superfície, mas podem estar mais baixas e prejudicar a saúde.
Dependendo da concentração, podem circular mais próximos da superfície, provocando “implicações na qualidade do ar e possíveis impactos na saúde”, explica o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A Direção-geral da Saúde (DGS) alertou esta terça-feira, 15 de março, para a fraca qualidade do ar em Portugal continental, com maior expressão nas regiões Norte e Centro do país, devido a estas poeiras vindas no Norte África.
Segundo a autoridade de saúde, as partículas que estão a atravessar o território nacional são inaláveis, sendo por isso mais nocivas para o aparelho respiratório. Os efeitos mais comuns e visíveis são “a alteração da cor do céu visto que as poeiras estão normalmente acima da superfície”, segundo nota do IPMA. Recorde aqui as imagens do céu da Maia sobre o efeito deste fenómeno.
Na figura, uma imagem de satélite, produto Dust RGB, localizam-se os “máximos de concentração de poeira nas zonas identificadas pela cor rosa/magenta bastante acentuada, ou seja mais evidente nas regiões Norte e Centro do território continental, França e Argélia. As zonas a vermelho escuro representam nebulosidade média e alta também sobre Portugal”.
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