Músicos surpreendidos com ação manifestaram-se em frente ao centro comercial, onde têm salas de ensaio.
A Polícia Municipal do Porto encerrou na manhã desta terça-feira, dia 18 de julho, as portas do centro comercial STOP. A intervenção tem como objetivo fechar cerca de uma centena de espaços devido a alegadas violações de regulamentos. Aos músicos e artistas, as autoridades informaram que as áreas não fechadas poderão ser ocupadas novamente no início da tarde.
Cerca de uma centena de pessoas juntaram-se em frente ao Centro Comercial Stop, na Rua do Heroísmo, no Porto, e muitas delas lamentam não terem sido informadas antecipadamente.
Num comunicado, a Câmara Municipal do Porto afirma que “a Polícia Municipal está a selar 105 das 126 lojas do Centro Comercial STOP devido à falta de licenças de utilização.” Acrescenta ainda que as 21 lojas que possuem as devidas licenças “podem continuar a funcionar normalmente, não se tratando de um encerramento completo do centro comercial.”
A autarquia refere também que “este é um processo que se arrasta há mais de dez anos, com a Câmara a receber várias queixas por parte dos moradores locais.”
Os músicos que tiverem as suas salas encerradas terão de apresentar um requerimento formal à Câmara do Porto para aceder ao espaço e recuperar os seus pertences.
Em cartazes improvisados com caixas de cartão, alguns comerciantes e músicos protestaram na rua, gritando palavras de ordem. “Queremos trabalhar”, “não fechem o STOP” e “aqui é a casa da música” são algumas das vozes ouvidas.
Além dos espaços no interior, algumas lojas viradas para a rua também foram fechadas. Nas portas, foi afixado um aviso informando que o estabelecimento foi selado por ordem do vereador Ricardo Valente “devido à falta de autorização de utilização”.