A destruição de uma capela no lugar de Gemunde, freguesia do Castêlo da Maia, está a gerar forte indignação entre os moradores, que acusam as autoridades de negligência e exigem a responsabilização pela demolição parcial da estrutura.
A capela da Senhora dos Caminhos, elemento considerado identitário pelos residentes de Gemunde, foi parcialmente destruída ao mesmo tempo que decorrem obras na zona. A intervenção, segundo testemunhos locais, ocorreu sem aviso prévio ou explicações, gerando uma onda de protestos, sobretudo nas redes sociais.
“Isto é uma vergonha para Gemunde, uma falta de respeito para com o povo”, denunciou uma habitante. Outro residente, lamentou a ausência de sensibilidade e conhecimento sobre o património local. “Não conhecem a história da capela, nem de outros locais importantes. É triste”, referiu.
Alguns residentes apontam que a demolição poderá estar associada a um projeto de requalificação viária, sugerindo que a capela poderá ser reconstruída noutro local, mas essa hipótese não convenceu os moradores, que exigem mais clareza e responsabilização. “Mais do que arranjar o que se estragou, exige-se apurar de responsabilidades”.
Face à polémica, fonte da Junta de Freguesia do Castêlo da Maia, veio a público esclarecer que “as alminhas não vão desaparecer”, mas sim “integrar uma requalificação que está a acontecer na sua zona envolvente”. Segundo o autarca, “não é possível requalificar o entroncamento mantendo tudo na mesma”. A imagem da “santinha” encontra-se atualmente guardada “em casa da única pessoa que se preocupa e tem preocupado com a sua manutenção” e regressará “logo que o espaço esteja requalificado, num novo local, mais seguro e acessível a peões, e protegido por uma redoma de vidro”.