O mês de março traz-nos o Dia da Mulher. O Notícias Maia não quis deixar passar o dia em branco e foi ao encontro de 6 maiatas que se destacam nas suas áreas, para conhecer as mulheres além da profissão. Fizemos as mesmas perguntas a cada uma destas personalidades e, em comum, encontramos a determinação e o orgulho em se ser mulher. Hoje falamos de Olga Freire, advogada e Presidente da Junta de Freguesia da Cidade da Maia.
Notícias Maia (NM): Em poucas palavras, para si, o que significa ser mulher?
Olga Freire (OF): Antes de mais, a mulher é um ser humano igual ao homem. Por muitas diferenças que tenhamos, somos iguais na essência. Lembro-me de palavras como força, vida, no sentido de maternidade, dádiva, sacrifício e abnegação. Depois, como ser mulher implica normalmente a maternidade, é dar o que se tem e o que se não tem.
NM: Uma mulher que veja como referência na sua vida?
OF: A minha referência de mulher é, como muitas mulheres, a mãe. A minha mãe é uma mulher cheia de garra e de força. Eu até acho que sou parecida com ela. Se eu for na minha vida toda como a minha mãe foi, tenho a certeza que deixarei marcas em algumas pessoas. É uma mulher que dá muito de si aos outros.
NM: Uma coisa que gosta de fazer e que as pessoas não sabem?
OF: Eu acho que há pouca gente que sabe que eu gosto muito de cantar e de dançar. E eu diria que até danço e canto mais ou menos bem (risos). Gosto muito.
NM: O principal objetivo que ainda quer cumprir na vida?
OF: Um objetivo que tenho na vida, até porque não tenho filhos, é deixar uma marca no sítio onde passei. Por isso eu acho que o maior objetivo que tenho na minha vida é poder ser útil às pessoas. É a maior dádiva que posso dar às pessoas que me rodeiam.
NM: Qual é o caminho que ainda falta percorrer para entendermos o homem e a mulher como iguais?
OF: Fala-se muito da paridade. Nós não podemos querer ter paridade na vida fora de casa se não a temos em casa. Se nós tivermos paridade em casa, significa que as mulheres têm a mesma oportunidade de ter tempo disponível para se dedicar à sua profissão. E eu acho que conquistar esse espaço cabe-nos a nós. Não podemos esperar que os outros mudem. Aqui na Maia, enquanto a primeira mulher eleita presidente de junta, nunca senti nenhuma diferença.