A saúde portuguesa e o Serviço Nacional de Saúde estão de parabéns. Mesmo com as dificuldades de conhecidas, Portugal ocupa um honroso 14º lugar num ranking que foi realizado sob a perspectiva diferente da habitual. De facto, não foram tidos em conta alguns dos dados técnicos que são habituais, mas tiveram-se em conta a perspectiva do consumidor (Euro Health Consumer Index).
De realçar também o bom posicionamento português no que diz respeito aos gastos em saúde e aos resultados obtidos, tendo tido uma classificação excelente quando se trata em taxas de sobrevivência ao cancro e nas taxas de mortalidade cardiovasculares e infantil (modalidade esta onde já fomos lideres à distância).
O que importa aqui ressalvar é que enquanto muitos optam por um discurso disruptivo sobre todos os profissionais de saúde, a verdade é que eles se mostram de uma qualidade excepcional, sendo esta qualidade reconhecida pelos utilizadores do SNS.
Efectivamente, não tem sido fácil aos trabalhadores do SNS manter padrão de qualidade a que habituaram aos cidadãos com sucessivos cortes, mudanças de paradigma e de rumo.
Importa é perceber e apontar qual o caminho a seguir. Para onde e como queremos evoluir. É preciso reformar e até hoje ainda não houve coragem politicou ou quiçá mediática para fazer as mudanças estratégicas correctas.
O ministro actual prometeu muitas das medidas reformistas que sempre defendi, mas até hoje tem gerido em vez de reformado.
Naturalmente que não conheço a realidade que no ministério se vive, mas conheço a realidade do terreno. Conheço os desabafos diários de profissionais e utentes.
Por isso há que assumir: Urgem reformas.
Prémio e pancadinhas nas costas são óptimos, mas não resolvem problemas!
Neste momento, nem sequer se põe em causa a falta de recursos humanos porque eles existem, por isso toca a reformar.
Ricardo Filipe Oliveira,
Médico;
Doc. Universitário UP;
Lic Neurof. UP;
Mestre Eng. Biomédica FEUP,
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Não escreve ao abrigo do novo acordo ortográfico.