O deputado considerou a noite “histórica” e deixou um aviso ao PSD: “não haverá Governo em Portugal sem o Chega”.
A noite eleitoral foi sempre clara em relação à vitória à 1ª volta de Marcelo Rebelo de Sousa mas deixou, até ao final, a dúvida de quem teria conquistado o segundo lugar.
O candidato apoiado pelo partido Chega conquistou quase meio milhão de votos e posicionou-se em terceiro, a uma diferença de pouco mais de um ponto percentual da candidatada Ana Gomes. Ainda assim, ficou em segundo em muitas freguesias e disputou até ao final o segundo lugar. Entre o segundo e o terceiro classificado nestas presidenciais, contam-se pouco mais de 44 mil votos.
Apesar de não ter conseguido o objetivo de ficar à frente de Ana Gomes, Ventura registou uma subida significativa do número de votos quando comparado o resultado das Eleições Legislativas em 2019. Passou de 67 681 mil votos (resultado das eleições legislativas) para o resultado da passada noite onde se confirmou a vontade de 496 661 mil portugueses verem André Ventura como Presidente da República em Portugal.
“Noite histórica”
Depois de contados todos os votos desta 10ª eleição presidencial em Portugal em democracia, Ventura discursou visivelmente eufórico e considerou que esta foi “uma noite histórica” para o partido. “É uma noite histórica porque pela primeira vez, um partido declaradamente antissistema rompeu o espectro da direita tradicional com cerca de meio milhão de voto”, afirmou.
André Ventura considerou ainda que “esmagámos a extrema-esquerda em Portugal” e deixou um aviso ao PSD: “PSD, ouve bem, não haverá Governo em Portugal sem o Chega!”
André Ventura demite-se
Durante a campanha presidencial André Ventura referiu várias vezes que, se ficasse atrás de Ana Gomes, se demitia da liderança do partido. Contas feitas, e apesar de não ter mencionado a palavra “demissão”, André Ventura afirmou que “não fugirei à minha palavra e devolverei aos militantes do Chega a palavra sobre se querem ou não a continuidade deste projeto à frente deste partido”.
Esta é a segunda vez que o deputado eleito pelo Chega se demite da liderança do partido. A primeira aconteceu em abril de 2020, sendo que a sua recandidatura o levou de volta à liderança do partido fundado em abril de 2019.
Não há ainda informação sobre a nova corrida à liderança de André Ventura ao Partido Chega.