O presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, o vice-presidente e o presidente da Assembleia Municipal receberam esta terça-feira, 27 de setembro, ameaças de morte.
Através de um comunicado, a autarquia poveira revelou ter recebido vários envelopes, deixados à porta da Câmara Municipal, endereçados ao presidente, Aires Pereira, e ao seu vice-presidente, Luís Diamantino, assim como no local do trabalho do presidente da Assembleia Municipal, Afonso Pinhão Ferreira.
“Os conteúdos eram iguais, quer no objeto, quer na dedicatória: uma bala para cada um, acompanhada destes dizeres: ‘Não é uma ameaça, muito menos um aviso, é uma previsão. Ou uma destas na testa. A vossa escolha é fácil. Não vamos gastar mais munições com envelopes’”, pode ler-se no comunicado da autarquia.
Estas ameaças surgiram na passada terça-feira, um dia depois de se ter dado início à demolição da histórica Praça de Touros, na Póvoa de Varzim.
“Não nos antecipando às conclusões a que as perícias laboratoriais conduzirão, adiantamos o que aos poveiros mais atentos parece óbvio: que esta tresloucada ameaça, absolutamente imprópria em meios civilizados e democráticos, não é mais que a tentativa desesperada de uma minoria de impedir a concretização de uma deliberação legitimada pelo voto”, acrescenta o texto.
Ainda assim, o comunicado da autarquia poveira garante que os visados não estão afetados com as ameaças. mas sim concentrados no “propósito de substituir um espaço anacrónico e de esporádica utilização por um palco de permanente promoção da arte e da cultura, reforçando este vetor estratégico de desenvolvimento da cidade”,
Recorde-se que a Praça de Touros da Póvoa de Varzim começou no dia 26 de setembro a ser demolida, depois de uma paragem de dois anos face a uma providência cautelar interposta por uma associação local, a que o tribunal não deu provimento. A empreitada tem um custo previsto de cerca de nove milhões de euros.