Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, expressou, no último dia de campanha, a sua determinação em prevenir a participação do partido Chega num eventual executivo de direita, segundo notícia do jornal Expresso.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, delineou os contornos dos cenários políticos que se avizinham, assumindo uma postura firme contra a integração do partido Chega num futuro governo de direita. As declarações, veiculadas pelo jornal Expresso, refletem a preocupação do Chefe de Estado em manter a estabilidade política do país, recorrendo a todas as suas prerrogativas para evitar alianças governamentais que incluam o partido liderado por André Ventura.
“Se a AD perder mas houver uma maioria de direita no parlamento, o Presidente não aceitará um primeiro-ministro de substituição de Luís Montenegro para um eventual Governo com o Chega”, escreve o jornal Expresso.
Ventura criticou Marcelo Rebelo de Sousa por, segundo ele, intervir na campanha eleitoral, expressando a sua expectativa de que os portugueses respondam nas urnas de forma expressiva. “Em Portugal, não é o Presidente da República que escolhe quem vai para o Governo, são os eleitores”, destacou o líder do partido de extrema-direita, solicitando ao Presidente que esclareça as suas declarações e justifique a sua posição contra a inclusão do Chega no Governo.
O líder do Chega tem defendido que apenas com a participação do seu partido se poderá alcançar um Governo estável em Portugal, uma posição que contrasta com a do Presidente da República, que antevê a formação de um Governo pelo partido que sair vencedor das eleições.