A primeira fase engloba percursos em Folgosa e São Pedro Fins.
O concelho da Maia vai ter uma rede de percursos pedonais com 23 rotas num total de 203 quilómetros, e as primeiras rotas estarão prontas ainda em 2021. “Maia, um território a percorrer e um destino a descobrir” é o slogan escolhido.
A apresentação pública dos “Percursos da Maia” decorreu esta quinta-feira, 8 de julho, em Folgosa, na Casa da Moutinha. Uma casa particular que pertence a Maria José Marques, freguesa em Folgosa. Curiosamente, trata-se da filha de Luciano Marques, um maiato já centenário que foi notícia ao festejar o seu 100º aniversário no hospital, depois de ter contraído covid-19. A cerimónia de apresentação contou com a presença do próprio senhor Luciano, do presidente da Câmara Municipal da Maia, de autarcas, vereadores, uma equipa da autarquia, entre outros.
Os Percursos da Maia vão desenvolver-se em 2021, 2022 e 2023
O objetivo principal destes Percursos da Maia é “gerar valor ambiental pela fruição da paisagem”. Note-se que a Maia tem já sete caminhos pedonais, entre os quais o Ecocaminho e partes dos Caminhos de Santiago, mas que agora a proposta é de mais 23 percursos inseridos no concelho.
Segundo o plano do município, estes Percursos da Maia vão desenvolver-se em três fases durante os anos de 2021, 2022 e 2023. A primeira fase engloba percursos nas freguesias de Folgosa e São Pedro Fins e deverá estar pronta a percorrer ainda neste ano.
Todo o projeto custará cerca de um milhão de euros à Câmara Municipal mas que prevê já candidaturas a fundos europeus. Um valor que Silva Tiago considera “relativamente baixo” para aquela que será uma “rede brutal de percursos”. “Nunca pensei que pudéssemos fazer isto com esta dimensão”, confessou o autarca.
De salientar que estes 23 percursos já existem mas precisam de ser identificados, limpos, sinalizados e dotados de alguns equipamentos. Além disso, será criada uma aplicação móvel que incluirá pontos de interesse e experiência de vista aérea e realidade aumentada. A Câmara Municipal pensa ainda organizar e promover eventos para a divulgação destes percursos.
“É preciso descobrir outras soluções”
Já depois da apresentação pública do projeto, Silva Tiago tomou a palavra e confessou estar “encantado com isto tudo”. O presidente da Câmara Municipal da Maia afirmou que esta ideia já tem “alguns anos de gestação” e que, como a Maia “não tem mar”, “é preciso descobrir outras soluções”.
O presidente disse ainda que, depois de concluir estes percursos, será preciso “limpar, tratar e cuidar deles”.