Os serviços de urgência hospitalares enfrentam um período de constrangimento intensificado na última semana de 2023, com a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) a admitir problemas acrescidos devido à época festiva e à recusa dos médicos em realizar horas extraordinárias.
Na próxima semana, prevê-se um agravamento nos constrangimentos já existentes nas urgências hospitalares, com quatro vias verdes entre os 38 serviços limitados, mais cinco do que na semana anterior. De acordo com a RTP, a Direção Executiva do SNS reconhece que o Natal e o ano novo são períodos desafiadores para os serviços de saúde. A situação é complicada pela recusa dos médicos em fazer mais horas extraordinárias e pelas férias de muitos profissionais, apesar de uma previsão de “normalização genérica” a partir de janeiro.
Durante a última semana do ano, está previsto que 45 unidades funcionem a pleno, correspondendo a 54% do total. Segundo a RTP, apesar da capacidade demonstrada na articulação e suporte dos serviços, o período festivo é tradicionalmente desafiador, agravado este ano pela recusa dos profissionais em exceder as 150 horas extraordinárias anuais previstas por lei.
A Direção Executiva do SNS espera que, com o início do próximo ano e a renovação da disponibilidade para trabalho suplementar, os serviços de urgência voltem ao normal. Entretanto, cerca de 190 centros de saúde estarão abertos em horário complementar durante o domingo e o dia de Natal para casos não emergentes, aliviando a pressão sobre as urgências dos hospitais.
A deliberação reconhece ainda o impacto das infeções respiratórias sazonais nas urgências e internamentos, com picos de procura e tempos de espera mais demorados. O SNS24 continua a ser a linha a contactar em primeiro lugar, reservando o 112 para situações de urgência ou emergência.