Um professor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto está a ser acusado de ter coagido uma aluna a ter relações sexuais com ele e de a ter engravidado. A denúncia é feita pela alegada vítima, que é estrangeira e terá perdido o bebé.
Depois de ter formalmente apresentado queixa na Polícia de Segurança Pública, contra o professor, a aluna contactou a direção da FLUP a dar conta do caso e a pedir intervenção. Fernanda Ribeiro, diretora da instituição, garantiu ao jornal Público que foi aberto um inquérito para averiguar o caso.
Segundo a aluna, os casos de abuso sexual começaram em setembro de 2021, altura em que pediu ao professor orientação para escrever um artigo. No gabinete do docente, a aluna refere que o professor lhe terá colocado “a mão em cima das penas”, de a ter acariciado o “busto” e os “seios”. Conta que terá ficado petrificada e sem saber como reagir.
De seguida, o docente contactou a aluna para se dirigir novamente ao seu gabinete. A aluna afirma que pensou que o professor iria pedir desculpas, mas que acabou por repetir os abusos, tendo acabado por ser coagida a ter relações sexuais.
Os abusos terão durado meses, no gabinete do professor e no apartamento da estudante. A aluna refere que os encontros eram frequentes.
Em fevereiro de 2022 descobriu que estava grávida, facto que desagradou ao professor, que a terá ficado “furioso” e a terá “empurrado”. Em março, sofreu um aborto espontâneo.
Já o advogado de defesa do professor refere que “é uma mentira medonha”, sublinhando que “não houve qualquer abuso sexual”, acrescentando que tudo será “esclarecido na próxima semana”, citado pelo Observador.