Este grupo estava retido no Aeroporto Francisco de Sá Carneiro depois de ter sido intercetado no Algarve a tentar entrar ilegalmente em Portugal. Os migrantes estavam há quase 60 dias no CIT e terão causado o motim depois de saberem que terão de permanecer retidos por mais 30 dias nas instalações dos SEF.
Onze migrantes de nacionalidade marroquina foram detidos esta quinta-feira, depois de terem protagonizado um motim que obrigou à intervenção do Corpo de Intervenção da Unidade Especial de Polícia.
Estas pessoas estavam há já 60 dias no Centro de Instalação Temporária (CIT) existente no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, depois de terem sido intercetados a tentar em Portugal, na zona do Algarve. Estes onze migrantes integravam o grupo de 22 homens que, em 15 de junho último, foram intercetados pela Polícia Marítima quando se preparavam para desembarcar numa praia de Loulé. Alguns deles ficaram retidos em Faro.
Este comportamento aconteceu depois do grupo ter sido notificado da decisão judicial que os obriga a permanecer mais 30 dias naquelas instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Insatisfeitos por não poderem abandonar as instalações do SEF, os migrantes destruíram cadeiras, mesas e até as paredes daquele local. Pelo meio, também agrediram um outro cidadão estrangeiro que se encontrava retido no mesmo local. A violência usada pelo grupo obrigou a que fosse acionado o Corpo de Intervenção da PSP, que imobilizou os revoltosos. Os migrantes foram, então, detidos pelos inspetores do SEF e serão levados a tribunal hoje, para ficar a conhecer as medidas de coação.
Segundo o JN, este grupo teria pedido asilo logo depois de ter sido intercetado pela Polícia Marítima. Enquanto não houver uma decisão, são obrigados a permanecer retidos até ao período máximo de 90 dias.
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