1.- estávamos em junho de 2003. escrevia no então jornal impresso “primeira mão”. uma cronica de nome qualidade mais-valia para as autarquias. nela refletia sobre a necessidade da certificação da câmara municipal da maia na gestão da qualidade. ia porém mais longe. como partes diretamente interessadas focava as freguesias. e as empresas municipais. nela refletia sobre a utopia de um concelho certificado. e mais desafiava o então executivo a meter mãos a isso. mas a certificar-se também pelo ambiente e segurança e saúde. passados dozes anos obtém a certificação pela gestão da qualidade. o que é um caminho. mas não o fim do caminho. muitas mudanças estruturais existem a fazer. mesmo na gestão da qualidade dos serviços que prestam. lembro-me que numa assembleia municipal. que não sei datar. uma discussão tive com vieira de carvalho. foi sobre a orgânica da câmara. eu tinha razão. o organigrama estava mal descrito. foi uma discussão séria. mas amigável. nessa altura o presidente da assembleia municipal deu-me razão. em particular. sei. mas deu. eram os primeiros passos para aquilo que a câmara obteve neste ano de dois mil e dezasseis. estamos a quinze anos das minhas primeiras investidas pela gestão da qualidade. a dez do início formal dos trabalhos para essa certificação. onde também me envolvi profissionalmente. por isso mesmo até suspendi o meu mandato na assembleia municipal. por alguns meses.
2.- é errado persistir no erro. a câmara municipal deve prosseguir um caminho que a leve a uma certificação pelo ambiente. e pela saúde e segurança. deve promover as necessárias reflexões para que as empresas municipais e as freguesias também o sejam. será como um grupo de empresas certificadas num só plano estratégico. as freguesias são companheiras das câmaras municipais. partes interessadas. e as empresas municipais também. os acionistas são únicos. os munícipes. os clientes são únicos. os munícipes. por isso envolver na certificação todas as juntas e empresas municipais é urgente. já o deveria ter sido. não foi. pois agora com a experiência que se avance. com uma única estrutura de apoio centrada na câmara municipal. não levaria mais que ano e meio. e pouco dispendioso seria. depende da vontade política de todos os dirigentes.
3.- é errado persistir no erro. pois então que o desenvolvimento da segurança e saúde seja certificado também. existe uma estrutura orgânica capaz de tal. basta vontade política também. e no ambiente. é necessário que toda a câmara. empresas municipais. juntas de freguesia. sejam certificadas pela saúde e segurança e ambiente. quem entende tecnicamente os conceitos da gestão da qualidade sabe que é um passo grande. para a certificação em saúde e segurança e ambiente. não o fazer é uma não-fluidez de vontades. tecnicamente é possível. politicamente não sei. porque não sei a volatilidade dos dirigentes. só a eles cabe as decisões. só a eles cabem os erros. mesmo por omissão. omissão de que serão responsáveis tantos os poderes como as oposições. se nada fizerem.
4.- quinze anos é muito tempo. mas será muito mais deixar passar as oportunidades para continuar. por motivos que um dia podem vir a lume estou afastado do processo técnico e estratégico destas matérias. na câmara municipal da maia. não sei do seu desejo ou não de prosseguir um caminho que dará mais luz às atividades da câmara. das freguesias. das empresas municipais. mas se não caminharem com audácia neste processo de certificação estão a cometer erros de lesa munícipes. estes não perdoarão tal. escrevo como munícipe. congratulo-me por esta certificação. mas é pouco. sabe a muito pouco. e para que saibam trabalhei no processo e não usufrui vantagens financeiras. porque o quis e quero.
Joaquim Armindo
Doutorando em Ecologia e Saúde Ambiental
Mestre em Gestão da Qualidade