A Polícia de Segurança Pública destruiu esta sexta-feira 4.627 armas de vários tipos e proveniências, numa unidade de transformação de metais na periferia da Maia e na segunda operação do género realizada no Norte do país.
«Temos de tudo, desde armas de fogo artesanais até automáticas e armas brancas. As mais utilizadas no crime são as pistolas transformadas e as caçadeiras de canos cerrados», disse aos jornalistas o intendente Pedro Moura, chefe da divisão de investigação e fiscalização do Departamento de Armas e Explosivos da PSP.
As armas destruídas provinham de processos-crime, processos administrativos ou de entregas voluntárias e fez-se pela segunda vez ao abrigo do Comando Metropolitano da PSP/Porto no sentido de «ter uma melhor gestão dos seus depósitos de armas a nível nacional e distrital», explicou Pedro Moura.
«Em outubro de 2013, fez-se pela primeira vez a destruição de armas pelo comando da PSP/Porto e o processo correu de tal maneira bem que entendemos repetir», considerou o intendente da PSP, informando que as armas partiram de vários comandos distritais do Norte do país, entre Aveiro, Braga, Bragança, Coimbra, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
A realização destas destruições na Área Metropolitana do Porto é «importante em termos de poupança», frisou Pedro Moura, dado que no antigo processo todas as eliminações de armas teriam que passar por Lisboa, em operações que chegavam a envolver 28 viagens.
«Imaginem o que é ir a Bragança ou a Viana do Castelo 28 vezes para ir buscar estas armas. Numa semana conseguimos fazer aqui um processo muito mais eficiente, eficaz e muito mais barato», justificou.
O metal, a madeira e o plástico das armas «que não têm qualquer interesse» serão reciclados, mas há outros destinos para as armas apreendidas, que nem sempre são pulverizadas.
«Esta semana, identificámos cerca de 200 armas que vamos afetar à atividade operacional da PSP, sobretudo as que têm o calibre e o modelo que utilizamos no dia-a-dia», revelou Pedro Moura, referindo, a título de exemplo, que «uma ‘shotgun’, daqui a uma semana ou um mês, poderá estar a equipar um carro-patrulha, ou uma equipa de intervenção rápida».
Outros destinos consistem na afectação das armas para leilões, armas antigas para museus, ou ainda para efeitos científicos, conforme as requisições dos laboratórios da Polícia Científica.
O chefe da divisão de investigação e fiscalização do Departamento de Armas e Explosivos da PSP salientou ainda que a quantidade de armas obliteradas «está em consonância com os números dos anos anteriores, sobretudo com 2012, não havendo variações significativas», pelo que a periodicidade crescente destas destruições reflecte apenas uma gestão mais eficiente dos depósitos de armas da PSP.
Fonte: tvi24.iol.pt