Um despacho sobre a venda dos terrenos ao FC Porto, assinado antes da votação na Assembleia Municipal, pode anular o negócio, segundo o Expresso.
De acordo com uma reportagem do Expresso desta quinta-feira, 23 de maio, o presidente da Câmara Municipal da Maia terá assinado um despacho para a publicação em Diário da República sobre a venda de terrenos ao FC Porto antes da votação na Assembleia Municipal. Esta situação levou Francisco Vieira de Carvalho, vereador da oposição, a avançar para tribunal, exigindo a anulação do negócio.
Francisco Vieira de Carvalho, em declarações ao jornal, afirmou que houve “falsificação de documentos” e que poderá “rapidamente declarar nulo todo o processo de hasta pública”. “Concluo que o processo de hasta pública foi enviado para publicação em Diário da República antes da deliberação obrigatória da Assembleia Municipal. Isto constitui, por lei, um ato administrativo nulo, é ilegal, pelo que a mesma hasta terá de ser anulada”, explicou.
O Expresso adianta ainda que o presidente da Câmara Municipal da Maia afirmou “desconhecer” as suspeitas. Já a SAD, ainda presidida por Pinto da Costa, declarou que “para já não pretende reagir” e a direção do clube, já liderada por André Villas-Boas, assegurou que “vai acompanhar com atenção o assunto”.
Caso o negócio seja anulado, ganha força a opção de construir a nova academia no Olival, uma alternativa que está a ser considerada pelo novo presidente do FC Porto, André Villas-Boas.
A futura academia do FC Porto, projetada pelo arquiteto Manuel Salgado, tem um custo total estimado de 40 milhões de euros. O FC Porto já pagou 1,19 milhões de euros, de um total de 3,4 milhões, à Câmara Municipal da Maia pela aquisição dos terrenos na freguesia de Nogueira e Silva Escura.