A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) afirma que a reabertura dos estabelecimentos do setor poderá estar dependente das regras a adotar.
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) alertou em comunicado divulgado na quinta-feira, dia 23 de abril, que a reabertura dos estabelecimentos do setor poderá estar dependente da definição de regras de higiene, saúde e segurança e ainda dos apoios às empresas.
A AHRESP esteve reunida na terça-feira, dia 21 de abril, com o primeiro-ministro, António Costa, o ministro da Economia, Siza Vieira, a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, e com o secretário de Estado da Saúde, António Sales.
A associação “defende a a reabertura dos restaurantes e alojamentos mediante a “definição de regras específicas nas áreas de saúde, higiene e segurança para clientes, trabalhadores e instalações, bem como de apoios às empresas, particularmente no que diz respeito à manutenção dos postos de trabalho, bem como à compra de equipamentos de proteção individual e medidores de temperatura”.
Para “transmitir confiança aos consumidores”, a AHRESP defende que deverá ser a criado um selo que garante que as “regras de funcionamento estão de acordo com as disposições legais”.
A associação planeia igualmente criar um guia de boas práticas.
O documento a elaborar contemplará pontos como a formação para empresários e trabalhadores, a reorganização dos espaços e da capacidade máxima, as regras de controlo de entrada nos espaços, a possibilidade de medição de temperatura corporal, regras de higiene pessoal e de limpeza, o distanciamento social e equipamentos de proteção individual.
“A preparação e confeção de alimentos; menus e serviço; procedimentos em caso suspeito: zona de isolamento e plano de contingência e requisitos específicos para self-service e buffets, take away, delivery e drive-in” devem também ser consideradas no manual.
Depois de concluído, o guia será enviado à secretaria de Estado do Turismo para validação e articulação com as diversas entidades com responsabilidades no setor.
Layoff dos estabelecimento do setor é para manter
Carlos Moura, vice-presidente da AHRESP, garantiu que “não é possível fazermos uma retoma (…) se não houver manutenção de alguns apoios para que as empresas sobrevivam e não tenham de fazer despedimentos por extinção de postos de trabalho ou despedimentos coletivos”.
O responsável defendeu o prolongamento do layoff simplificado para os restaurantes, mesmo durante a fase da retoma, por considerar que só assim é possível os estabelecimentos recuperarem gradualmente a atividade, sem perder os postos de trabalho. O ministro Siza Vieira admitiu que essa é uma realidade que pode vir a ser possível.