A reabilitação do empreendimento de habitação social do Sobreiro foi distinguida com uma Menção Honrosa no Prémio Nuno Teotónio Pereira, o mais antigo do setor imobiliário em Portugal.
A cerimónia de entrega das distinções decorreu na passada segunda-feira, dia 30 de janeiro, no Museu da Eletricidade, em Lisboa. A edição deste ano registou 55 candidaturas, sendo que 45 foram na vertente de reabilitação urbana e 10 na vertente de trabalhos de produção científica.
O Prémio Nuno Teotónio Pereira distingue e incentiva as boas práticas nas áreas de atuação do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), quer na vertente de Reabilitação Urbana, quer na vertente de Produção Científica.
A Espaço Municipal, promotora da obra de reabilitação dos Jardins do Sobreiro, foi distinguida com uma Menção Honrosa alusiva à Reabilitação dos Blocos do empreendimento habitacional, na variante do prémio “Reabilitação de Conjunto Urbano ou Requalificação de Espaço Público”.
O projeto de arquitetura foi desenvolvido pelo arquiteto e administrador executivo da empresa municipal, Nuno Antunes Lopes e pela arquiteta Sofia Mota.
O Presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, sublinha que “é sempre gratificante obter o reconhecimento externo, por parte de entidades públicas cuja credibilidade e prestígio são inquestionáveis. Na verdade, esta menção honrosa vem reconhecer a autêntica revolução que está ali em curso, abrindo todo aquele empreendimento habitacional à cidade, qualificando a paisagem urbana, que hoje se integra num harmonioso contínuo do espaço público, com artérias amplas, com espaços verdes generosos e áreas de fruição ao ar livre melhoradas. É justo que expresse uma palavra de apreço à Espaço Municipal pela excelência do trabalho que ali está a levar a cabo e muito em particular aos arquitetos Nuno Antunes Lopes e Sofia Mota, pela autoria do projeto agora merecidamente distinguido”.
Incluída numa estratégia mais abrangente de regeneração urbana do centro da Maia, a operação em causa compreendeu a reabilitação da envolvente exterior dos blocos e suas zonas comuns interiores, com vista a melhorar o conforto térmico das habitações.
Segundo detalhou a autarquia, “a intervenção implicou a aplicação de um sistema de fachada ventilada com isolamento térmico incorporado na caixa de ar, a substituição das caixilharias por novas com corte térmico e vidro duplo, a renovação da cobertura, a introdução de sistemas de ventilação mecânica e autorregulável, a eliminação de múltiplas patologias construtivas e, inerentemente, a requalificação da imagem exterior dos edifícios”.