O projecto Maiatas (de qualificação de desempregadas de longa duração na Maia) foi um dos vencedores da primeira edição do Prémio AGIR, da REN. Os outros premiados foram os projectos Gericuidar (de criação de emprego para mulheres migrantes) e Ferreira Empreende (de promoção do empreendedorismo entre os jovens de Ferreira do Alentejo).
A filantropia é sempre uma gota de água no oceano, mas se adicionarmos ao acto filantrópico um reforço da capacidade de transformação dos seus destinatários, então estaremos a introduzir um elemento de sustentabilidade” nos projectos, afirmou o presidente da REN, Rui Vilar, na sessão de entrega de prémios. A iniciativa, lançada no ano passado, teve como área de actuação a criação de emprego e foram distinguidos projectos que visam reforçar as competências dos seus destinatários e aumentar a sua capacidade de integração no mercado de trabalho.
O vencedor, o projecto Gericuidar, do Serviço Jesuíta aos Refugiados (SJR) de Lisboa, promove a integração socioprofissional de cerca de 50 mulheres migrantes na área dos cuidados a idosos. O Gericular procura dar “formação especializada a estas mulheres que as tornem distintivas” na área do cuidado a idosos, disse o responsável do projecto, André Costa Jorge. O responsável salientou também que se trata de uma resposta combinada à necessidade de criação de saídas profissionais para estas mulheres e ao crescimento das solicitações na área do apoio aos seniores.
É também nesta área que se desenvolve o projecto Maiatas, da Santa Casa da Misericórdia da Maia (SCMM). Um projecto que, como explicou a provedora da SCMM, Maria Lurdes Maia, passa pela criação de emprego para mulheres desempregadas de longa duração. Trata-se de lhes atribuir competências (e dar-lhes certificação) para que possam desempenhar diversos tipos de cuidados domiciliários a idosos, “de uma forma mais próxima e mais humana”. O projecto estima empregar 12 mulheres e beneficiar cerca de 40 idosos.
Para 2015, o tema a concurso no AGIR será o “Envelhecimento Activo Rejuvenesce o País”. Na primeira edição, o AGIR (em que a REN tem como parceiro técnico na apreciação das candidaturas e acompanhamento dos projectos a Bolsa de Valores Sociais) recebeu um total de 135 candidaturas, mas na próxima edição Rui Vilar espera “ver muitas mais”, porque é importante que os bons projectos possam servir de exemplo e ser replicados.
Fonte: publico.pt