Em 2011, após 10 anos de suspeitas, análises do Laboratório Nacional de Engenharia Civil confirmaram que os resíduos eram perigosos. A Siderurgia Nacional, na Maia, depositou resíduos nas minas de S. Pedro da Cova entre 2001 e 2002.
A primeira fase de remoção destes resíduos decorreu entre outubro de 2014 e maio de 2015. Nessa altura foram retiradas 106 mil toneladas. Posteriormente foi descoberto que existiam mais resíduos no local. A obra agora a realizar, consiste na retirada, transporte e tratamento em aterro dos lixos, assim como de 30 centímetros de espessura da terra que cobre os resíduos perigosos.
Estão em causa 125 mil toneladas de resíduos perigosos que permanecem enterradas nas antigas minas de carvão de S. Pedro da Cova, em Gondomar. A obra poderá estar em risco, depois de um dos proprietários dos terrenos onde o lixo foi depositado ter recorrido à justiça, impossibilitando a entrada das máquinas no seu terreno. Enquanto não houver uma decisão sobre a ação interposta, a remoção dos resíduos está suspensa.
O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, confirmou ontem que a intervenção “está parada” à espera de decisão do tribunal, apesar do Governo ter disponibilizado os milhões necessários no Fundo Ambiental para concretizá-la.