“Nazizinho”. Foi esta a palavra que Rosa Mota, antiga campeão olímpica, usou para classificar Rui Rio durante uma ação de campanha do PS, que reuniu figuras públicas e António Costa, na manhã desta sexta-feira, dia 21 de janeiro.
No encontro que decorreu em Lisboa e juntou 15 personalidades portugueses que assumiram votar no Partido Socialista, foram discutidos temas como a cultura, o desporto, a investigação ou o ensino superior e houve espaço para críticas a Rui Rio e Pedro Passos Coelho.
Rosa Mota afirmou que não percebe “como é que as pessoas não conseguem ver o que se tentou destruir naquela cidade [referindo-se ao período em que Rui Rio foi presidente]. A Seiva Trupe… E também aquela parte dele que – ia dizer uma palavra, mas é feia, não se pode -, ele é que manda, é um nazizinho e o resto põe de lado”.
“Rui Rio trucidou a cultura”
O escritor Valter Hugo Mãe também não poupou nas críticas ao líder do PSD, que acusou de ter “trucidado a cultura”, enquanto deixou rasgados elogios a António Costa: “o seu sorriso sereno, mas seguro, mudou radicalmente o clima em Portugal”.
O escritor classificou o período de Rui Rio à frente dos destinos da Câmara Municipal do Porto, como um “inverno cultural”.
“Que seria a resposta de um Passos Coelho, de um PSD, o que seria o desconcerto e o desespero das pessoas”
Pedro Passos Coelho também foi alvo de críticas, com a atriz Maria do Céu Guerra a dramatizar a possibilidade de ultrapassar uma pandemia com os social democratas no governo:
“Que seria a resposta de um Passos Coelho, de um PSD, o que seria o desconcerto e o desespero das pessoas ao sentirem-se não amadas, não respeitadas”, sublinhou a atriz.
Maria do Céu Guerra afirmou ainda, durante a pandemia, quando começou a contactar a ministra da Cultura, Graça Fonseca, percebeu existir “vontade de perceber o que é que se passava no setor do teatro”, com a “intermitência, com a não qualificação profissional” ou com a “ligação da escola às artes”.
“Fico muito contente que isto tenha acontecido num Governo de António Costa”, declarou num momento de gargalhadas, face à resposta do primeiro-ministro que respondeu não poder dizer o mesmo.
Já durante a tarde, António Costa agradeceu o apoio de Rosa Mota, mas demarcou-se do “nazizinho”, garantindo que é “É uma expressão que ela disse e é dela”.
“A Rosa Mota é uma pessoa muito querida de todos os portugueses, uma grande campeã que muitas alegrias nos deu, como ela própria disse é uma palavra e expressão que ela disse e é dela”, afirmou Costa aos jornalistas, numa arruada na Guarda.
As eleições legislativas decorrem no próximo dia 30 de janeiro.