Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, defendeu a urgência de combater a lavagem de dinheiro no país, alertando para o impacto negativo do tráfico de droga e de certas atividades comerciais, como as lojas de souvenirs, que podem estar associadas a esquemas ilícitos.
Durante o encerramento de uma conferência internacional dedicada à segurança urbana, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, sublinhou a necessidade urgente de combater a lavagem de dinheiro, destacando a sua ligação ao tráfico de droga e a outras atividades comerciais, como as lojas de souvenirs. De acordo com o Observador, o autarca reforçou que estas lojas, algumas das quais localizadas no centro histórico do Porto, podem ser utilizadas para atividades ilegais, incluindo tráfico de seres humanos, e apelou a uma maior regulação do setor.
“A lavagem de dinheiro tem um impacto direto na economia da cidade e das famílias, e é uma questão que tem preocupado as autoridades, como a Polícia Judiciária e a Procuradoria-Geral da República”, afirmou Rui Moreira, segundo o mesmo jornal, salientando a necessidade de alocar mais recursos para combater este problema.
O autarca destacou ainda que, embora existam atividades económicas legítimas sujeitas a regulação, é imperativo que atividades ilegais como a lavagem de dinheiro sejam tratadas com intolerância e fiscalização rigorosa. Para Rui Moreira, a existência de “exibições de riqueza inexplicáveis” é um indicador claro de que há setores da economia que necessitam de atenção urgente por parte das autoridades.
Em declarações aos jornalistas, Rui Moreira lembrou o pedido feito em 2023 pelo então ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, para mapear as lojas de souvenirs na cidade. Segundo o levantamento realizado nessa altura, havia 181 lojas de souvenirs em 43 ruas do centro histórico do Porto. O autarca espera que o atual Governo continue a trabalhar nesta questão e apoie a criação de equipas mistas, como sugerido recentemente pelo primeiro-ministro, envolvendo a Autoridade Tributária, ASAE, PSP e Polícia Judiciária.