“São boas notícias”. “Pare com elas”, sugere o presidente da Câmara Municipal do Porto, ironizando que assim Lisboa fica com a TAP “sem o prejuízo do Porto” e para o país “a TAP deixa de nos custar dinheiro”.
O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, garantiu no Parlamento esta quinta-feira, 15 de outubro, que as quatro rotas da TAP para Amesterdão, Milão, Zurique e Ponta Delgada, recentemente reiniciadas a partir do aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia, estão com “46% da lotação em média” e são “neste momento um prejuízo para a TAP”.
Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, ironizou que estas declarações até “são boas notícias”, uma vez que “se são as quatro rotas do Porto que dão prejuízo” à companhia aérea, o ministro deve “[parar] com elas” e incorporar a companhia aérea na Carris ou na “muito rentável” Soflusa. Numa publicação na rede social Facebook, Rui Moreira ataca ainda a estratégia da companhia: “A nova rota Lisboa/Bilbau deve ser um ‘must’ em termos de rentabilidade e importantíssima para uma estratégia nacional. Promover visitas ao Gugenheim basco é ‘top'”.
“Para Lisboa é óptimo: fica com a TAP que, sem o prejuízo do Porto, deixa de ser um perdócio. Para o resto do país – para a província em que alegremente nos incluímos – é uma maravilha, porque a TAP deixa de nos custar dinheiro”, atacou o presidente da Câmara Municipal do Porto.
Recorde-se que a TAP deve esgotar ainda este ano a totalidade do empréstimo estatal de 1200 milhões de euros, quando estava previsto ser utilizado até 2021. Entretanto o Governo já reservou para o próximo ano outros 500 milhões, que serão utilizados como garantia estatal para um empréstimo bancário a ser contraído pela companhia aérea.