O Instituto de Terapia Focal da Próstata reforça a importância da campanha Novembro Azul para sensibilizar os homens sobre a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da próstata, destacando sinais que frequentemente passam despercebidos.
O Instituto de Terapia Focal da Próstata associa-se à campanha Novembro Azul, um movimento internacional que visa aumentar a consciencialização sobre a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da próstata. Esta campanha teve início em 2003, na Austrália, sob a designação “Movember”, e espalhou-se pelo mundo como símbolo da luta contra esta doença. O dia 17 de novembro é especialmente dedicado ao Dia Mundial do Combate ao Cancro da Próstata.
Segundo explica em comunicado o Dr. Sanches Magalhães, fundador do Instituto, os homens devem prestar atenção a sinais como aumento da frequência urinária, urgência em urinar, dificuldades em iniciar a micção, fluxo fraco, e sensação de bexiga não completamente vazia. Outros sintomas importantes incluem dor ao urinar, presença de sangue na urina ou no sémen, e dores na zona lombar ou nos quadris. Estes sinais podem ser indícios de problemas benignos, mas a sua persistência deve motivar uma consulta médica e a realização de um teste PSA (antigénio específico da próstata).
Homens com mais de 50 anos são aconselhados a pedir este teste ao seu médico, mesmo sem sintomas, enquanto aqueles a partir dos 40 anos, com histórico familiar de cancro da próstata ou outros fatores de risco, devem considerar fazê-lo de forma mais precoce. O Dr. Sanches Magalhães destaca que “o rastreio precoce é essencial para reduzir as mortes causadas pelo cancro da próstata”, sublinhando que o diagnóstico em estágios iniciais tem fortes hipóteses de cura.
Estudos recentes revelam que muitos homens desconhecem os sinais da doença. Um inquérito realizado no Reino Unido em 2021 pela GenesisCare e Prostate Cancer Research mostrou que 76% dos homens não sabem identificar os sintomas do cancro da próstata e 25% não conseguem apontar qualquer sinal. Adicionalmente, quase metade desconhece a localização da próstata no seu corpo.
“Na maior parte dos casos, o diagnóstico é feito em fases em que se consegue tratar e erradicar a doença”, afirmou ainda em comunicado o Dr. Sanches Magalhães. Apesar dos avanços nos tratamentos, cerca de 2000 homens morrem anualmente em Portugal devido ao cancro da próstata, um número que sublinha a importância da deteção precoce e da educação sobre a doença.