A desativação dos sistemas de rega automática nos jardins ou a criação de furos artesianos em parques urbanos são algumas das medidas implementadas por alguns municípios do Grande Porto, de acordo com o jornal Observador, para mitigar a escassez de água.
Em Gondomar, o presidente da autarquia, Marco Martins, explicou que foram feitos furos artesianos no Parque Urbano de Gondomar e no Parque Urbano de Rio Tinto, para evitar que a rega destes espaços verdes dependa da rede de abastecimento de água. A par desta medida, foram desligados os chafarizes, reduzida a água disponível nos bebedouros públicos e o uso de fontanários “está limitado e é fiscalizado pelas Juntas de Freguesia“.
Em Matosinhos, os sistemas de rega automática dos espaços verdes estão desativados, e só são objeto de rega os canteiros com plantas de época e plantações recentes, incluindo tapetes de relva recentemente instalados. A poupança de consumo de água cifra-se num valor médio de 20.031 metros cúbicos/mês. Foi lançada, ainda, uma campanha de sensibilização dos utentes dos cemitérios, parques, jardins e hortas urbanas.
Em Vila Nova de Gaia, não está prevista nenhuma medidas que passe, por exemplo, pelo corte de água em período noturno, mas a autarquia garante que “perante a crise hídrica atual, a [empresa municipal] Águas de Gaia tem apostado numa resposta proativa e não reativa”.
Santo Tirso, por seu lado, está a implementar medidas para mitigar a escassez de água, nomeadamente nos sistemas de rega automatizada e programada, através da “diminuição de caudal nos jardins e parques do concelho”. Juntam-se outras como a instalação de temporizadores nas torneiras dos bebedouros públicos e das casas de banho e de redutores de caudal, o que “permite uma poupança superior a um milhão de litros de água/ano no pavilhão municipal e piscina municipal”.
Na Maia, citado pela Lusa, o presidente da autarquia, António Silva Tiago, salientou que não se tem sentido falta de água no concelho, pelo que a autarquia vai “manter a estratégia de “sensibilizar os consumidores para um uso responsável, parcimonioso e eficiente” da água.
“Felizmente, a população do concelho da Maia não tem vivido este problema da escassez de água, em consequência da seca, mas isso não nos dispensa a necessidade de sermos responsáveis e até demonstrarmos respeito pelos nossos compatriotas que estão a sofrer na pele com este grave problema (…) É uma questão de civismo, mas é também uma questão de ética pública e de solidariedade”, respondeu Silva Tiago.