O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, e o Presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, estiveram presentes na apresentação do Plano Local de Saúde, que decorreu na passada sexta-feira, dia 16 de dezembro.
O PLS – Plano local de Saúde é um documento elaborado pelos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) Maia/Valongo que identifica as prioridades de saúde, com o objetivo de divulgar informação sobre os fatores de risco para a saúde da população e, em paralelo criar ambientes favoráveis para a promoção de estilos de vida saudáveis. Este plano já envolve 59 instituições.
“Os portugueses e muito em particular a nossa comunidade concelhia, sabem e reconhecem que nos momentos mais críticos da pandemia que se abateu sobre a Humanidade, o poder local democrático, disse sempre presente e não se quedou somente pela sua participação ativa nos planos das autoridades de saúde para tentar controlar a disseminação da doença e para procurar mitigar os seus efeitos, posto que na verdade, foi muito além disso e assumiu sem tibiezas um papel de ator, não raras vezes, mesmo de protagonista, chegando-se à frente, para decidir o que tardava e arcar com as responsabilidades financeiras das decisões com que teve de arrostar”, afirmou Silva Tiago.
“É com grande esperança que olho para o futuro da saúde na Maia, certo de que será um futuro de confiança, com serviços públicos de saúde com grande qualidade para todos”, disse António Silva Tiago, depois de enumerar os projetos já candidatados no âmbito do PRR, que vão se edificados no Município.
O autarca, na presença do Ministro da Saúde, falou da “…construção da nova unidade de cuidados de saúde personalizados de Milheirós, da nova unidade de saúde familiar de Pedras Rubras e do Parque de Saúde da Maia, “que para além de acomodar as valências já existentes no território, vai oferecer outras respostas diferenciadas, designadamente em Psiquiatria, Psicologia, Terapia da Fala, Nutrição, Saúde Oral, um Centro de Diagnóstico Integrado, com Imagiologia, Análises Clínicas, Diagnóstico Pneumológico, Reabilitação Respiratória, Reabilitação Funcional, Ginásio para a preparação da Maternidade e Observação de crianças, entre outras respostas especializadas, a que acresce a Saúde Pública, o Gabinete do Cidadão e mesmo a Direção do ACES Maia/Valongo…”, e acrescentou ainda “…ou nunca se sabe do ACES Maia…”.
Silva Tiago solicitou ainda ao ministro especial atenção à população da área Maia Leste que precisa “urgentemente” de uma unidade de saúde, ao qual o responsável pela pasta da saúde mostrou total abertura para se debater o tema.
O Ministro da Saúde esteve na Maia “…porque precisamos fazer da agenda da promoção da saúde uma aposta no país”. “Precisamos de passar das palavras aos atos para melhorar radicalmente a nossa qualidade de vida”.
Manuel Pizarro elogiou de variadas formas a atividade da autarquia nesta área, recordando que há 14/15 anos havia uma grande falta de médicos de família, levando a uma reforma com a criação das Unidades de Saúde Familiares. “A Maia foi o primeiro concelho do país com cobertura plena de médicos de família”.
PLS Maia/Valongo
A missão do PLS é de identificar os problemas e necessidades de saúde da população, para além de ser quadro de referência para as políticas de saúde da comunidade, definindo estratégias para as principais necessidades de saúde da população. O PLS tem ainda a missão de catalisar a melhoria da saúde da comunidade, através da projeção do estado de saúde da população e da proposta de metas a alcançar. Por fim, o PLS pretende ser um instrumento de governança que auxilia a gestão e a tomada de decisões dos líderes de saúde locais, promovendo e consolidando a colaboração das distintas entidades locais de saúde.
Assume, ainda, como missão, integrar e articular os esforços dos parceiros (stakeholders) em torno de objetivos comuns, reforçando uma abordagem intersetorial e de Saúde em Todas as Políticas e comunicando o estado de saúde da população, a nível interno (profissionais de saúde) e externo (comunidade). O PLS assume um compromisso social, incentivando os cidadãos a serem coprodutores das políticas de saúde, sendo um mecanismo de operacionalização das estratégias nacionais de saúde e permitindo a monitorização e avaliação do desempenho e desenvolvimento do Sistema de Saúde.