Na sua intervenção durante o Salão Imobiliário do Porto, que decorreu entre quinta-feira e domingo, Silva Tiago, presidente da Câmara Municipal, destacou o facto de na Maia o percurso estar a ser feito em sentido inverso ao dos concelhos com grande pressão imobiliária, como é o caso do Porto.
A Maia está a proceder à revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), possibilitando a introdução de um conjunto de medidas para a construção e promoção da habitação orientada para a classe média e para o arrendamento.
“Introduzimos uma alteração que permite a construção de frações com menos de 125 metros quadrados (m2)”, destacou Silva Tiago em declarações ao portal Idealista. Segundo o autarca, a procura atual cria a necessidade do aumento do número de espaços de coworking e co-living.
Esta medida combinada com outras, tal como a redução das taxas municipais, permite, na sua opinião, “impulsionar e criar uma nova dinâmica no concelho, visível nos 150 mil m2 de novos projetos para habitação e serviços” e dos “150 milhões de euros de investimento”.
De acordo com Silva Tiago, o facto de a autarquia não ter incentivado a construção de tipologias pequenas “foi um sucesso” que “permitiu a procura por parte das famílias e a duplicação da população, em 30 anos”.